terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Rifa de final de ano

Companheir@s e amig@s,
Tivemos um importante ano de lutas! Certamente 2013 ficará marcado na memória coletiva como o ano em que o movimento de massas no Brasil deu as caras novamente.
2014 poderá ser um ano ainda mais importante, com a realização da Copa do Mundo e o afloramento mais nítido das contradições que a cercam.
Os movimentos Sindicalismo Militante e Quem Vem Com Tudo Não Cansa desejam estar à altura das tarefas que se avizinham, mantendo-se combativos e AUTÔNOMOS, sem nenhum atrelamento em relação àqueles a que nos opomos nas lutas! Consequentemente, pensamos numa política financeira independente para seguir colocando nosso bloco nas ruas e garantir a confecção de nossos materiais, como faixas, bandeiras, panfletos e adesivos.
Preparamos para esse final de ano um sorteio de rifa para @s amig@s e companheir@s. Cada rifa custa apenas R$ 2,00 e para adquirir basta entrar em contato com nossos militantes, pessoal ou virtualmente.
Serão dois os prêmios, cujas fotos seguem abaixo (@ primeir@ sortead@ escolhe dentre os dois e @ segund@ fica com o outro):
- Cerveja artesanal e taça especial - Panetone da CacauShow
O sorteio ocorrerá no dia 15 de janeiro de 2014!
Queremos contar com a contribuição de cada um de vocês!
Boas festas de final de ano e que 2014 seja um ano de muito mais lutas e vitórias!

NÃO VAI TER COPA!
Saudações de luta!






segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Rodrigo Neves é mau! É parceiro do Cabral!

O Rodrigo Neves é mau! É PARCEIRO do Cabral
O canto dos profissionais de educação de Niterói - ’Qual a diferença entre Rodrigo e o Paes? Não há diferença, são todos iguais’ - já alertava à categoria e aos trabalhadores o caráter do atual governo. As greves que ocorreram no segundo semestre de 2013 demonstraram duas coisas: a força da categoria; e o que o governo é capaz de fazer para manter os seus negócios. 
Marx dizia; o estado capitalista é o balcão de negócios da burguesia’. Para manter esse balcão funcionando, é preciso o uso do aparato repressor do Estado: a polícia. Exemplos não faltam para demonstrar, como o massacre da Cinelândia e assassinato na Maré.
Os acontecimentos da Cidade do Rio de Janeiro colocaram o governo de Rodrigo Neves na parede, visto que ele é PARCEIRO do Paes e do Cabral. E a repressão esteve sempre na iminência de acontecer na greve da Rede Municipal de Niterói, como por exemplo a guarda municipal de Niterói ameaçando professores, dizendo que Niterói viraria o Rio de Janeiro. Na ocupação do sexto andar da Prefeitura, o prefeito não queria deixar a refeição dos ocupantes subir, além do aparecimento de um policial militar nessa ocupação.
No dia 28 de novembro, na votação do nosso PCCS - Plano de Carreira, Cargo e Salário - o que era anunciado pela categoria aconteceu. Os profissionais da Educação de Niterói foram expulsos da Câmara Municipal com socos, pontapés e gravatas (vejam o vídeo abaixo), fato semelhante, em menor proporção, ao massacre da Cinelândia. Essas formas de tratamento dos governos Paes e Rodrigo Neves colocam para nós duas certezas: a educação não é prioridade para o governo PT/PMDB, e, APENAS a luta dos trabalhadores pode mudar essa realidade.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DEBATE SOBRE APLICAÇÃO DA LEI DE 1/3 PARA O SEGUNDO SEGMENTO


Proposta para discussão na rede municipal de Niterói

De acordo com o Título IV, artigo 20 e parágrafo III e IV da proposta do PCCV, que descreve sobre a carga horária para o professor II:

III - Professor II – 16h (dezesseis horas) semanais, assim distribuídas: 10h30 (dez horas e trinta minutos) de efetiva regência, acrescidas de 5h30 (cinco horas e trinta minutos) para estudos, pesquisas, planejamento, avaliação do trabalho pedagógico, reuniões, articulação com a comunidade escolar e outras atividades de caráter pedagógico e formativo, das quais 2h45 (duas horas e quarenta e cinco minutos) cumpridas na unidade de educação e 2h45 (duas horas e quarenta e cinco minutos) cumpridas a critério do profissional da educação.
IV – Professor II – 22h (vinte e duas horas) semanais, assim distribuídas: 14h30 (quatorze horas e trinta minutos) de efetiva regência, acrescidas de 7h30 (sete horas e trinta minutos) para estudos, pesquisas, planejamento, avaliação do trabalho pedagógico, reuniões, articulação com a comunidade escolar e outras atividades de caráter pedagógico e  formativo, das quais 3h45 (três horas e quarenta e cinco minutos) cumpridas na unidade de educação e 3h45 (três horas e quarenta e cinco minutos) cumpridas a critério do profissional da educação. 

A FORMA DE APLICAR 1/3 PODE CONCRETIZAR UM ATAQUE À CATEGORIA DE DUAS FORMAS:

I) Passar a hora aula de 45 minutos para 60 minutos.

Considerando a Hora/ Aula de 60 minutos

Professor II
Hora- Planejamento
Hora- Interação com os alunos
Número de Turma
16h
4:30
10:30
10 + 30 minutos
22h
7:30
14:30
14 + 30 minutos

* Considerando que o número de tempo das disciplinas: História e Geografia são 3 tempos cada; Ciência são 4 tempos; Matemática e Português são 6 tempos cada; Arte, Língua Estrangeira e Educação Física são 2 tempos cada. Efetuando a soma dos tempos teremos: 30 tempos semanais, ou 30 horas (hora/aula de 60 min). Ao dividir 30 horas por 5 (dias) teremos a cada turno letivo com duração de 6 horas. Assim, os alunos terão sua entrada, por exemplo, as 7:30 e sairão as 13:30 (sem o recreio). Precarizando o trabalho docente e a qualidade da aula.
* A questão do cumprimento do direito dos estudantes ao total de horas anuais de aulas garantidos pela LDB tem que ser mais bem aprofundada na organização curricular nas escolas e sistemas de ensino. Se consagrarmos que o estudante tem que ter aulas de 60 (sessenta) minutos ininterruptos, e supondo que ele permaneça quatro horas na escola, terá quatro aulas. Mas o estudante tem direito não apenas a uma quantidade de aulas; ele precisa ter acesso a mais componentes curriculares que dialoguem entre si, para propiciar-lhe um conhecimento omnilateral e não fragmentado (PARECER N18, p. 21,2012)

II) Considerar o tempo de aula de 45 minutos e dividindo por 10:30 – Prof. II- 16h- ou por 14:30- Prof II- 22h.

Considerando a Hora/ Aula de 45 minutos

Professor II
Hora- Planejamento
Hora- Interação com os Alunos
Tempo
16h
4:30
10:30
14 tempos
22h
7:30
14:30
19 tempos

* Fica nítido que irá aumentar o nosso trabalho dentro da escola, por exemplo, o Professor Educação Física - 16h que tem, atualmente, 6 turmas terá 7 turmas. Essa formulação ataca o próprio objetivo à lei de 1/3 que é melhorar a qualidade da Educação Publica.

* “ Logo, para cumprimento do disposto no § 4º do art. 2º da Lei nº 11.738/2008, não se pode         fazer uma grande operação matemática para multiplicar as jornadas por minutos e depois distribuí-los por aulas, aumentando as aulas das jornadas de trabalho, mas apenas e tão somente destacar das jornadas previstas nas leis dos entes federados, 1/3 (um terço) de cada carga horária. Nesse sentido a lei não dá margem a outras interpretações.” (PARECER n18, p.19,2012)

Dessa forma, temos que obrigar o governo Rodrigo Neves/PT , Waldeck Carneiro/PT, a aplicar a Lei de 1/3 que atenda os anseios dos profissionais da educação e dos alunos na consolidação da Educação Pública, Gratuita e Qualidade da seguinte forma:

Considerando o tempo de aula de 45 minutos teremos:

Considerando a Hora/ Aula de 45 minutos

Professor II
Hora- Planejamento
Hora- Interação com os Alunos
Número de Turma
16h
5h
10h
10 tempos
22h
8h
14h
14 tempos

*Desta forma teremos uma diminuição de hora de interação com os alunos e maior tempo para atividades extra-classe.
* Valorização da carreira do magistério.

Podemos assinalar como PROPOSTA de aplicação do 1/3 para o segundo-segmento:

Professor 16 horas
Exemplo 1                                                                     Exemplo 2
Disciplina
Tempos
N. Turmas
Projetos

Disciplina
Tempos
N. Turmas
Português
Literatura
4
2
2
1
0
Ou
Português

5
2
Matemática
Geometria
4
2
2
1
0
Ou
Matemática

5
2
 Ciência
4
2
2
Ou
 Ciência
4
2
 História
3
3
1
Ou
 História
3
3
Geografia
3
3
1
Ou
Geografia
3
3
Inglês
2
5
0
Ou
Inglês
2
5
Espanhol
2
5
0
Ou
Espanhol
2
5
Ed. Física
2
5
0
Ou
Ed. Física
2
5
Artes
2
5
0
Ou
Artes
2
5














* No exemplo 2, nas disciplinas de 3 tempos estará “sobrando” 1 tempo e na disciplina de 4 tempos há 2 tempos “sobrando”. Essa organização é possível. O parecer revela que é no MÁXIMO de interação com os alunos de 2/3 da carga horária e de 1/3 de atividade extra-classe. (PARECER N 18, p.19,2012)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pela continuidade da GREVE! Lutar quando a regra é ceder!

O ano de 2013 já está marcado na história das lutas no Rio de Janeiro. Nossa greve, que nos inseriu no quadro aberto com as mobilizações de junho e julho, enfrentou com muita disposição e coragem os ataques de Sérgio Cabral e Eduardo Paes – aliados de Dilma Rousseff na tríade inimiga da Educação Pública. Duas grandes passeatas, com dezenas de milhares nas ruas, demonstraram que temos o apoio maciço da população.
Ressaltamos a importância de retomarmos nosso espírito de lutas coletivas após quase duas décadas sem uma greve. A categoria deu exemplo e não abaixou a cabeça para as ameaças de corte de ponto, demissões, ilegalidade da greve etc. Pelo contrário, de cabeça erguida, enfrentou inclusive a violência da Polícia Militar. As ocupações do 13º andar da Prefeitura e da Câmara de Vereadores apontaram caminhos de radicalização importantes. O alvo principal do nosso enfrentamento é o Executivo; o trabalho de base com as passadas em escolas e Assembleias regionais poderiam ter sido ainda mais fortalecidos.
Por conta da força de nossa greve e da conjuntura radicalizada, o Supremo Tribunal Federal convocou a audiência de conciliação no dia 22/10. Se sabemos o caráter da Justiça num Estado burguês, era claro que não poderíamos depositar confiança de resolução da nossa greve na reunião. E, diante do ocorrido, é preciso apontar firmemente os absurdos e inaceitáveis problemas cometidos pela direção do SEPE! Por que levar uma caravana de cinco ônibus e não realizar manifestação? Por que, numa primeira audiência de conciliação, a direção assinou um documento que aponta o compromisso de encerramento da greve na Assembleia em vez de trazer para a categoria discutir? Se nossa decisão era discutir reposição apenas depois de terminar a greve, por que a direção do SEPE assinou um documento que aponta diretrizes para tal? O “acordo” nos coloca a “faca no pescoço”, chantageia para terminar a greve, mas fornece ainda mais prazo para a Prefeitura discutir pontos cruciais de nossa jornada de trabalho, da realidade pedagógica e das condições de trabalho em nossas Unidades Escolares!
Não temos dúvida de que tivemos avanços nessa greve, mas temos ainda mais certeza de que houve grande vacilação por parte da direção do SEPE num momento crucial, que toma como grande vitória o fato de não termos corte de ponto nem inquéritos administrativos e posa sob o manto do “democratismo” ao dizer que a categoria vai decidir os rumos em Assembleia depois de chegar com o “fato consumado” do documento assinado em Brasília.

Diante desse quadro, é o momento de nos perguntarmos: teríamos força para conquistar mais? Na avaliação do Movimento Sindicalismo Militante, TEMOS essa força! A adesão à greve é ainda bastante significativa. Há pesquisas que apontam que 86% da população apoia a nossa luta. Pais e responsáveis retomam a Associação para ser mais um instrumento de luta em defesa da escola pública! É durante a greve a nossa possibilidade de nos reunirmos e nos formarmos coletivamente. Eduardo Paes e Claudia Costin foram desmascarados e ainda precisamos combater mais fortemente a meritocracia! Precisamos derrubar o Plano aprovado na Câmara e conquistar o nosso! Outras categorias despontam para a mobilização e podemos articular lutas conjuntas! Enfim, consideramos que ainda há muito fôlego para a luta e é importante que saiamos da greve com ainda mais conquistas concretas. Nossa luta é exemplo para diversas outras redes e os holofotes internacionais estão voltados para a “capital dos megaeventos esportivos”. Se a direção diz que o momento é de ceder, defendemos em alto e bom tom: VAMOS LUTAR! A GREVE CONTINUA! PREFEITO, A CULPA É TUA!  

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Fortalecer a Greve rumo às conquistas! FORA PAES E CLAUDIA COSTIN!

Em 2013, o Dia do Educador será comemorado nas ruas, com uma bela e necessária luta travada em defesa da Educação Pública contra os governos de Sérgio Cabral e Eduardo Paes e os secretários empresariais de Educação Wilson Risolia e Claudia Costin. Com o apoio maciço da população à nossa categoria, mesmo diante dos inúmeros ataques mentirosos e confusos da grande mídia, nossa tarefa é fortalecer ainda mais a greve, em busca de conquistas que possibilitem um novo amanhã para a Educação no Rio de Janeiro. Além de decidirmos pela continuidade da greve na Assembleia da rede municipal, alguns debates são importantes para avaliarmos nossos caminhos e pensarmos coletivamente no fortalecimento da luta.

1: FORA PAES. Ao apresentar esta consigna desde o início da greve, elegemos o Poder Executivo como o nosso foco de enfrentamento e o maior responsável pelos ataques à Educação Pública e seus profissionais. Não podemos morder a isca das artimanhas governamentais em direcionar decisões para os Poderes Judiciário ou Legislativo, como faz a direção majoritária do SEPE ao propor vigílias em frente ao Tribunal de Justiça ou na própria Câmara de Vereadores. Os momentos em que a categoria mais avançou, conseguindo reuniões de negociação, foram a partir da pressão sobre o Poder Executivo! E podemos avançar mais, conquistando corações e mentes e nos organizando com amplos setores da sociedade para que Paes nos deixe em paz!

2: FORA COSTIN. Na parte final da última Assembleia, setores governistas da direção do SEPE – ligados ao PT e ao PCdoB – defenderam a retirada deste ponto de nossa pauta de reivindicações, alegando que “não podemos ficar em greve até a queda da Secretária” e venceram a votação. Ora, será que é o receio de que algum quadro do PT vá assumir a Pasta da Educação e deixar ainda mais claro para a categoria que o partido é comprometido com o desmonte da Educação Pública? Para nós, é fundamental o retorno do FORA COSTIN às nossas reivindicações! Não podemos aceitar a permanência da meritocracia e do privatismo com esta representante do Movimento Todos Pela Educação!

3: FIM DA PM, ATOS GRANDIOSOS E RADICALIZAÇÃO. Nos dias 28 e 30/9 e 1/10, acompanhamos mais casos de truculência por parte da Polícia Militar, a mando do Governador Sérgio Cabral. A mesma PM que mata Amarildos bate em Educadores! A desmilitarização da Polícia Militar é um debate fortalecido a partir da presença de dezenas de milhares de Educadores na passeata de 7/10 em defesa da Educação e contra a violência do Estado! Hoje teremos mais um grande ato para expor ao mundo que, na capital dos megaeventos esportivos, a Educação está em péssimas condições. Diante da intransigência do Prefeito em encerrar as negociações com a categoria, ações mais radicalizadas podem e devem ser adotadas como método para pressionar novamente Eduardo Paes. As ocupações da Prefeitura e da Câmara de Vereadores foram ações que colocaram o movimento em outro patamar. É tempo de agirmos para obter as conquistas necessárias!


4: A CUT NÃO NOS REPRESENTA! Em 2006, a categoria decidiu em plebiscito que nosso Sindicato rompesse com a Central Única dos Trabalhadores, que passou a servir como um braço do Governo Federal após a ascensão de Lula/PT ao poder. Temos visto adesivos desta Central que não nos representa! A reorganização da classe trabalhadora no país passa pela construção e fortalecimento de uma nova central sindical, fora das amarras do governo e que efetivamente enfrente a tríade de Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pela anulação do Plano de Carreira aprovado na Câmara a mando de Paes

Nosso movimento se fortalece e coloca o governo em xeque. Por sua vez, o Estado usa seu braço armado para barrar, à força, os avanços e as vitórias que podemos conquistar por meio das lutas. Lutando, avançamos em nossa consciência de classe e nos organizamos ainda mais. No Rio de Janeiro, vivenciamos estes avanços com a greve profissionais da educação da maior rede da América Latina!

No dia 26 de Setembro, iniciou-se uma ocupação à Câmara Municipal, já que o prefeito Eduardo Paes passou por cima de acordos feitos durante a greve com o Sindicato dos Profissionais da Educação. A Prefeitura formulou uma proposta de plano de carreira que não atende integralmente NENHUM setor da categoria.

Os profissionais da educação, completamente traídos pelo governo, decidimos retornar à greve e realizar ações mais radicalizadas, para denunciar à população o que REALMENTE ocorre com a educação do Rio, dirigida pela gestão meritocrática de Claudia Costin, como também para forçar o governo a negociar, retirando integralmente o projeto do plano de carreira e seu caráter de urgência.

A ocupação durou até 28 de Setembro, quando ocorreu uma ação brutal da Polícia Militar (PM) contra os manifestantes que ocupavam a Câmara e os que faziam vigília do lado de fora. Os profissionais que ali se manifestavam foram covardemente empurrados, espancados, sofreram agressões psicológicas e tomaram bomba de gás e spray de pimenta. Os verdadeiros responsáveis pela truculência foram o presidente da Câmara Jorge Felipe – que encomendou o pedido da PM – o Governador Sérgio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes, um trio do PMDB. Os profissionais que ali estiveram e estão, dando suas vidas em defesa da Educação pública e de qualidade, e lutando contra a política quantitativa, que visa a transformar os alunos em números e professores em empregados generalistas exclusivos e mal remunerados.

Apesar da repressão, nos mantivemos firmes e fortes. No dia 30 de Setembro, os profissionais da educação foram novamente reprimidos na frente da Câmara, junto com os Black Blocs. Não adianta nem pensar que essa repressão ocorreu por causa dos black blocs, isso seria uma inverdade absurda, visto que no Sábado quem estava na Câmara eram os profissionais da educação. Obviamente esse argumento será utilizado pela PM para justificar sua atitude truculenta contra os manifestantes. Nesta terça-feira, 1 de outubro, acompanhamos mais um grande aparato da PM para garantir que a proposta de plano de carreira fosse aprovada pela base governista da Câmara de Vereadores. A população foi impedida de se aproximar desta casa que não nos representa sob efeitos de bombas e tiros de borracha. De maneira covarde e truculenta, novamente a PM atacou os profissionais da Educação e toda a população que nos apoiava, ao passo que a Câmara dava aval para Paes realizar seu projeto de reformulação da carreira dos Educadores no Rio de Janeiro.

Todos sabemos que a polícia não precisa ser agredida para agredir. A polícia não revida, a polícia representa e defende os interesses do Estado. O que nós, profissionais da educação estamos fazendo ali é defender nossos interesses, que são antagônicos aos do Estado, denunciando o desvio de verbas da educação para as empresas privadas, exigindo a abertura de contas da Educação e do FUNDEB, exigindo uma educação de qualidade para os filhos dos trabalhadores, e uma valorização dos profissionais da educação, pautas que se chocam com interesses de empresários.

O que o Estado e as empresas privadas querem é que os filhos dos trabalhadores, permaneçam trabalhadores, de forma mecânica e sem consciência crítica. As empresas privadas, junto com a prefeitura, investem nisso, por meio dos variados projetos na rede de ensino, fazendo aumentar números e lucros, assim como atuando na terceirização de segmentos importantes, como porteiros e cozinheiras escolares. Os projetos mantidos pela prefeitura, com verba pública, que não retiravam das estatísticas os alunos com baixo rendimento, estão sendo sumariamente fechados, e uma verba que não temos dimensão da quantia está sendo colocada nas empresas privadas que gerem projetos que não atendem às necessidades e às realidades das escolas, fazendo alunos sumirem das estatísticas.

Já o FUNDEB, “ninguém sabe, ninguém viu”, pra o nosso contracheque não vem e para a nossa escola não vai. Há denúncias de que essa verba é entregue à Fundação Roberto Marinho (Rede Globo) para gerir projetos escolares, e para as empresas de ônibus, através do RIO CARD, cujo monopólio pertence a Jacob Barata, sogro de Sérgio Cabral. ISSO É ILEGAL!

Diante de todo esse confronto, envolvendo verba federal, onde está Dilma? Calada, em qualquer canto, fingindo “estar de mal” com os Estados Unidos, sem nenhuma menção ao que está acontecendo no Rio de Janeiro. Claro! Cala para não se comprometer porque o vice-prefeito é do PT, porque seu governo tem como base o PMDB, porque também vive de aliança com empresários!

Com interesses antagônicos e pressionando o Estado e os empresários, nós, os aguerridos profissionais da Educação, seguimos em frente, de cabeça erguida, sem medo de ameaças. Nosso coro se fortalece com a greve da rede estadual e de maneira unificada seguiremos em frente! A greve continua até o Prefeito recuar e vetar seu Projeto de Plano de Carreira que nos ataca e até termos a garantia de melhores condições pedagógicas e de trabalho em nossas escolas. Nossa rede acordou e não quer voltar ao pesadelo. Portanto, frente ao brutal ataque à Educação Pública do Rio de Janeiro, precisamos impulsionar a luta pela anulação deste Plano de Carreira e construir de maneira unificada uma grande manifestação com o conjunto da população para repudiar os governos de Eduardo Paes e Sérgio Cabral!


Pela anulação do Plano de Carreira aprovado na Câmara 
a mando do Prefeito Eduardo Paes!

Pela construção de um grande ato de massas unificado que mobilize a 
população carioca contra Paes e Cabral

Contra a meritocracia - Fora Costin e Risolia!

FORA CABRAL, VÁ COM PAES!


Fala da Professora Vivian Dutra, durante a manifestação do dia 1 de outubro.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Retomar pela base as Lutas na rede de Nova Iguaçu

Em um momento onde acompanhamos o movimento histórico d@s professor@s do município do Rio de Janeiro, a grande greve que vem sendo realizada pel@s companheir@s do Estado do Rio de Janeiro, além dos diversos movimentos que ocorrem, com menos destaque na mídia, mas não sendo menos importantes, como Belford Roxo, Queimados, Macaé, Duque de Caxias, é possível nos perguntarmos sobre a cidade de Nova Iguaçu? Qual o seu lugar nessas lutas?

Após um primeiro semestre intenso, de muitas lutas, paralisações, e inclusive a realização de uma greve, que mobilizou grande parte d@s Educador@s da rede municipal, acompanhamos um momento em que as lutas não estão tão acirradas, e há uma grande dificuldade de mobilizar a categoria novamente. Se no período da greve, e no que a antecedeu, realizávamos Assembleias com paralisações contando com 200, 300 pessoas, nas últimas quatro Assembleias a que mais encheu teve 35 pessoas, contando com os membros da direção do SEPE. Por que isso?

Em primeiro lugar, a maior parcela de culpa está na estratégia adotada pela Direção do SEPE durante o período em que as mobilizações estiveram mais acentuadas e culminaram na greve. Ao invés de colocar a prefeitura em xeque e realizar uma grande pressão, preferiu-se acatar os prazos e confiar nas promessas do Prefeito e da Secretária de Educação, e chegar às Assembleias propalando a grande vitória do movimento sem obter nada de concreto. Só para constar, a greve foi aprovada em uma sexta-feira; e na quarta-feira da semana seguinte, a direção do SEPE já realizava propostas de saída da greve, julgando que apenas o fato de o Prefeito Bornier ter se sentado à mesa para iniciar as negociações já havia sido a grande vitória do movimento. Forneceram-se prazos enormes para a equipe da prefeitura, como mais de um mês para estudos sobre quase todas as pautas, não houve publicização de nenhuma daquelas que seria uma vitória imediata em Diário Oficial, e isso acabou por consumar a tragédia anunciada. Com isso, uma semana depois, o movimento, em uma votação extremamente confusa, sai da greve sem obter nenhuma vitória concreta, e na semana seguinte, vê, na Câmara de Vereadores, a perda de uma vitória histórica, a possibilidade de Eleição dos Diretores.

Em segundo lugar, vemos a estratégia da própria prefeitura. No momento de ascensão das lutas, o Prefeito, assim como os demais governos do PMDB no Rio de Janeiro, anuncia a reposição de 7% para todo o funcionalismo público, obviamente em um sentido de cala-boca para a crescente insatisfação dos servidores, e, sobretudo, dos educadores, a categoria mais atuante no período. Em seguida, há o processo de troca na chefia da Secretaria de Educação, onde saiu um secretário mais disposto a negociar, e menos habilidoso politicamente, e entra uma Secretária muito mais experiente, e professora da rede há anos. Nesse processo de troca, vemos inúmeras entrevistas da Secretária, anunciando as melhorias da rede, e pedindo paciência para os professores, que as demandas seriam atendidas gradualmente. Ademais, com relação à eleição dos diretores, tanto o Prefeito quanto a Secretária de Educação, se colocam contrários ao fim da Eleição dos Diretores, mas o chefe do Governo na câmara, que foi o autor da proposta, não arquiva a proposta, sendo mais uma jogada política, porquanto seria a Câmara que teria os poderes de aprovar, ou não, a Lei, ainda que houvesse veto do Prefeito, como houve, e, assim, ele sairia “bem na fita”, como um paladino da democracia, o que sabemos que não é.

Em terceiro e último lugar, vemos as coisas “estranhas” que têm acontecido no seio da direção do SEPE. Por exemplo, a ausência de grande parte dos Diretores do Sindicato nas Assembleias, em uma clara tentativa de boicote à campanha de (re)mobilização da Educação; a sabotagem da página do SEPE de Nova Iguaçu, que inclusive foi parar em investigações na Política, colocando dados errados no site do sindicato, datas e locais errados de Assembleia, uma sabotagem, de fato, para prejudicar o movimento; Diretores que atropelam as decisões da Assembleia, como o caso do CONAE, onde foi deliberada em Assembleia, que o SEPE não iria participar do Teatro estabelecido, e vemos diretores que participaram e enviaram seus nomes como representação dos professores da rede, inclusive como Comissão Organizadora. Por último, após a deliberação do congelamento das paralisações, que, diga-se de passagem, foi uma tentativa de recurso colocada pela terceira Assembleia seguida, pelo mesmo diretor, a realização de uma Reunião com o Prefeito e a Secretária com apenas um Diretor do SEPE, onde são prometidas realizações das promessas feitas ainda na greve, e que não há ainda nem uma perspectiva de oficialização.


Sendo assim, após a perda da Eleição dos Diretores, e com a publicação no Diário Oficial da revisão do PCCS articulando-o a elementos de avaliação de desempenho e cumprimento de metas, uma clara cópia das políticas meritocráticas adotadas no Estado e Município do Rio de Janeiro, que culminaram nesse processo de greve, torna-se fundamental a retomada da mobilização, não apenas dos professores, mas de todos os profissionais da Educação da rede municipal de Nova Iguaçu. Todavia, na concepção do Movimento Sindicalismo Militante, esse processo não pode ser realizado de cima para baixo, ou no Gabinete do Prefeito e da Secretária de Educação, como a direção do SEPE tem feito, mas na base, dialogando com os professores, botando a prefeitura em contradição para a própria população, expondo as condições precárias de trabalho a que nós e os alunos somos submetidos, e as recentes tentativas de golpes, que vêm para prejudicar ainda mais a educação de Nova Iguaçu, retirando o pouco de autonomia que ainda temos para trabalhar.