domingo, 5 de maio de 2013

Ato em defesa do SEPE e Chamado à GREVE da rede estadual



Entidades da sociedade organizadacentrais sindicaisparlamentares e agremiações estudantis participaram de um ato em defesa do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), contra os sucessivos ataques do governo estadual para impedir o direito democrático de livre organização e manifestação previstos pela Constituição. O evento foi realizado na última sexta-feira (3 de maio), no auditório da ABI (Rua Araújo Porto Alegre 71 – 9º andar).


Durante o mês de abril, o Tribunal de Justiça do Rio aceitou o pedido de antecipação de tutela feito pelo governo estadual contra o Sepe e estabeleceu uma multa de R$ 500 mil ao sindicato por causa da greve de advertência de 72 horas nas escolas estaduais convocada pelo sindicato, nos dias 16 a 18 de abril.



Esta greve foi comunicada oficialmente e com antecedência pelo sindicatocomo manda a legislação – além de ter sido bastante divulgada pela imprensa. No entantoao invés de abrir negociações, o governo estadual resolveu levar para o Judiciário a luta da categoriaatingindo o direito de greveque é uma conquista da sociedade brasileira.



Além de aplicar a multa, o Tribunal permitiu à Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) a aplicação de falta sem o código de greve nos professores e funcionários administrativos (merendeirasinspetores de alunoszeladores etc) que participaram da greve – as direções de escolasdessa forma, estão aplicando o código 30 (falta sem motivona frequência dos profissionaisao invés do código de greve (código 61), o que está causando enorme revolta na categoria. A falta sem motivo pode proporcionar sérias punições ao servidorcomo a perda de direito de licença.



Ou seja, a liminar ganha pelo governo não  multou pesadamente o Sepe em termos financeiroscomo também puniu o profissional de educaçãoreprimindo o seu direito de realizar um movimento grevista.



No entanto, o sindicato conseguiu esta semana uma vitória na Justiça: o desembargador Ademir Pimentelque concedeu liminar para o governoapós a exposição da direção do Sepe (o sindicato explicou que desde o ano passado tenta negociar com o governo e que a categoria teve motivos justos para realizar a greve de advertência de 72 horas),determinou que o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do Tribunal de Justiça discuta o processo novamente. O Núcleo é coordenado pela desembargadora Marilene Melo Alves.



Outra boa notícia recebida hoje (30) é que o secretário Wilson Risolia aceitou discutir com o sindicato na sexta-feirana parte da manhã, a pauta de negociação dos profissionais de educação do estado.

sábado, 4 de maio de 2013

Carta de Apoio à Chapa 4 - QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA


CARTA DE APOIO À CHAPA 4

QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA

PARA O CENTRO ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFRJ

Desde 1939, a Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) – outrora Escola Nacional de Educação Física e Desportos – se constitui nacionalmente em significativa referência para a formação de gerações de professores de Educação Física. Durante esse período, o corpo discente esteve à altura dessa história, protagonizando eventos e situando-se na vanguarda das lutas, como a greve estudantil de 1956, a criação da União Nacional dos Estudantes de Educação Física, a resistência à Ditadura empresarial-militar, a realização de Encontros Nacionais e Regionais, a criação e consolidação da Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física etc.

A conscientização política por meio de reuniões, Assembléias, panfletos, jornais O DARDO, passadas em sala; as lutas em defesa das reivindicações estudantis, da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, de melhorias na EEFD, contra os cursos pagos; a participação em Encontros Nacionais e Regionais de Estudantes de Educação Física e Nacionais de Estudantes de Arte; a organização de eventos como o III e o IV Simpósio; a articulação com o conjunto da juventude e da classe trabalhadora brasileira; o protagonismo das lutas contra a Reforma Universitária e o REUNI de Lula/PT, pela regulamentação do Trabalho e contra a regulamentação da profissão, a defesa da Licenciatura Ampliada em vez da fragmentação curricular; enfim a construção do Movimento Estudantil combativo, formativo e presente no cotidiano fazem parte da realidade do CAEFD-UFRJ.

No final de 2002, o CAEFD reabriu suas portas após um tempo de inatividade, sendo uma entidade importantíssima para construir melhores rumos para a EEFD e estando à frente de lutas nacionais do Movimento Estudantil Geral, da Educação Física e da própria UFRJ. Na próxima semana, ocorrem as eleições para representantes de Departamento e Congregação e para a gestão 2013-2014 do Centro Acadêmico. Além da continuidade dos ataques à Educação Pública realizados pelo Governo Dilma, indo de encontro à autonomia universitária ao implementar a EBSERH goela abaixo, na EEFD acompanhamos a postura arbitrária do diretor Leandro Nogueira, que persegue estudantes e tenta passar por cima da autonomia do Movimento Estudantil. Neste contexto, é extremamente necessário que uma gestão do CAEFD leve à frente o real papel das Lutas Estudantis, não aceitando as imposições de direções, de Reitorias e de Governos!

Portanto, os estudantes da EEFD optarão entre a defesa da autonomia do Movimento Estudantil e da luta contra a repressão, o autoritarismo e a perseguição política da Direção – plataforma expressa pela chapa 4 – e um grupo que não se pronuncia sobre tal situação por conta de sua relação de tutela com a Direção – chapa de oposição.

Nós, que acompanhamos a trajetória do CAEFD desde 2002 e apoiamos a autonomia do Movimento Estudantil e as diversas lutas em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade; da Regulamentação do Trabalho; da Licenciatura Ampliada; das melhorias na EEFD; e contra o autoritarismo do diretor Leandro Nogueira; registramos nosso total e irrestrito apoio à chapa 4 – QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA para a próxima gestão, com a certeza de que os 37 integrantes conformam a opção coerente, coesa, combativa e que caminharão lado a lado às lutas da classe trabalhadora.

Assinam esta carta

Gabriel Rodrigues Daumas Marques, professor de Educação Física das redes municipais do Rio e Macaé; diretor do SEPE Macaé; ex-diretor do CAEFD (2003-2007)

Elielsom Silva dos Santos, professor de Educação Física das redes municipais de Magé e Nova Iguaçu; ex-diretor do CAEFD (2007-2009)

Vivian Machado Dutra, professora de Educação Física da rede municipal do Rio de Janeiro; ex-diretora do CAEFD (2006-2009)

Bruno Gawryszewski, professor de Educação Física da Escola Nacional de Circo; ex-diretor do CAEFD (2002-2005)

Cínthia Ramos de Pinho Barreto, professora de Educação Física das redes municipais do Rio e Macaé; ex-diretora do CAEFD (2003-2007)

Kátia Laguna, professora de Educação Física da rede estadual do RJ e da rede municipal do Rio de Janeiro; ex-aluna da EEFD (2003-2007)

Erickson Fernandes Borges, professor de Educação Física da SMEL-Rio, ex-aluno da EEFD (2005-2010)

Bruno Rodolfo Martins, professor de Educação Física da rede municipal do Rio de Janeiro; ex-diretor do CAEFD (2005-2006)

Daniel Moreira Leal Raposo, professor de Educação Física da rede estadual do RJ e da rede municipal do Rio de Janeiro; ex-diretor do CAEFD (2006-2007)

Gustavo Oliveira dos Santos, professor de Educação Física da rede municipal de Niterói; ex-diretor do CAEFD (2004-2008)

Mario Luiz dos Reis Marques, professor de Educação Física da rede estadual do RJ; ex-aluno da EEFD (1975-1979)

Thais Oliveira, professora de Educação Física das redes municipais de Macaé e Búzios; ex-aluna da EEFD (2003-2008) e da Pós-Graduação em Pedagogia Crítica da Educação Física (2011).

Carlos Leal, ex-diretor do CAECO e do DCE Mario Prata (2005); Doutorando na Escola de Comunicação e Artes da USP.