Nesta semana, ocorrem as eleições nas escolas municipais para que sejam escolhidas as novas Direções. Certamente é uma conquista para a comunidade escolar e para os defensores da Escola Pública o poder de decisão sobre a gestão que dirigirá uma instituição. Diante de inúmeros problemas e desafios que estão colocados para os profissionais da Educação, cujas resoluções indubitavelmente não se encontram apenas sob nossa responsabilidade, é preciso que busquemos mecanismos e ferramentas para não apenas diagnosticarmos tais problemas e reclamarmos em salas de professores.
Nesse quadro, a Direção da Escola possui uma tarefa ímpar e precisa imprimir o pensamento coletivo discutido e decidido cotidianamente por sua comunidade. Precisamos, de uma maneira geral, na rede municipal, de diretores, professores, funcionários, estudantes eresponsáveis, que não apenas acatem as decisões unilaterais da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Educação, mas que questionem, se posicionem, critiquem e neguem quando for necessário, pois muitas vezes empunhar nãos pode instalar uma grande afirmação!
No atual cenário de crise econômica do capital, os governantes agem como verdadeiros representantes de uma pequena parcela da sociedade, garantindo a manutenção dos exorbitantes lucros de banqueiros, empresários, empreiteiros e latifundiários e arrochando salários e retirando direitos da classe trabalhadora, a que verdadeiramente produz as riquezas!
Em nosso caso (Educadores), tal realidade se expressa em quatro frentes principais: a) poucas verbas destinadas à Educação Pública com paralelas privatizações e terceirizações; b) arrocho salarial, com o poder de compra cada vez menor; c) intensificação do trabalho somada à retirada de direitos, com salas superlotadas e ataques à nossa Previdência; e d) culpabilização docente somada à aprovação automática mascarada, com a meritocracia usando avaliações gerais e índices e os projetos de aceleração dos estudos, onde o aluno supostamente aprenderia conteúdos de quatro anos de escolaridade em apenas um. Portanto, urge que essas temáticas sejam debatidas e construídas coletivamente nas escolas! E que utilizemos o instrumento da categoria de maneira comprometida com a defesa de nossos interesses, nos filiando ao e participando do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, o SEPE.
Uma gestão de Direção não pode cumprir apenas seu papel administrativo. Pode e deve debater e traçar um projeto político-pedagógico para a unidade escolar, que melhore a cada dia e enfrente os desafios que nos estão postos. Certamente, nós queremos mais e nós podemos mais! Ou seja, é pertinente que avancemos. Para isso, cabe ao conjunto da comunidade o envolvimento para transformarmos um quadro que parece caminhar ao caos para um quadro de boas condições que fortaleçam as ações políticas e pedagógicas.
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