terça-feira, 24 de maio de 2016

Por uma verdadeira unificação da greve da rede estadual


 


            A greve dos profissionais de educação da rede estadual, que nos coloca em enfrentamento direto com o governo Pezão/Dornelles, é decorrente das nossas reivindicações econômicas, já que estamos sem reajuste salarial há dois anos e com o atraso e parcelamento dos salários. No entanto, essa greve tem um diferencial; as ocupações dos estudantes, que estão nos dando uma aula de luta pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

            E é esse diferencial do protagonismo estudantil que nos faz avançar em algumas conquistas de nossa  pauta como, por exemplo, a aprovação das eleições diretas para Diretor nas escolas estaduais,o enquadramento por formação, a licença especial para docentes, nenhuma disciplina com menos de dois tempos comtemplando filosofia e sociologia e a aprovação do cargo de professor indígena I e II no quadro do magistério.
 
           Nesse sentido é fundamental fazer uma análise da importância das mais de 70 ocupações estudantis como um necessário instrumento de luta para enfrentar o governo Pezão/Dornelles. A situação absolutamente caótica vivida pelo serviço público, em especial a educação, fez com que os estudantes se insurgissem contra a ordem estabelecida e lutassem pelo único espaço público presente em sua comunidade:uma escola pública!
 
          Dessa forma é necessário entendermos que as ocupações nas escolas, nas metros e mais recentemente na Seeduc colocam a greve da rede estadual em outro patamar. Ocupações que vem sofrendo da própria Seeduc e do governo uma forte e brutal repressão, tanto pelo movimento desocupa como pela polícia militar como ocorreu na  sede da Seeduc, nesse último final de semana.
 
          Diante desse cenário é necessário que nosso sindicato adote uma política mais incisiva e efetiva que deve ir muito além da solidariedade e apoio as ocupações. É uma exigência a realização de ações políticas que fortaleçam esse espaço como um verdadeiro instrumento tático de luta dessa greve e sua consequente unificação. Para que essa proposta se efetive é necessário que as próximas assembléias locais sejam realizadas nos núcleos onde há escolas ocupadas para que não só se fortaleça e amplie as ocupações, mas também se construa efetivamente a unidade entre professores, funcionários, pais e alunos.
 
          Neste momento conjuntural absolutamente regressivo, com a chegada ao poder do governo ilegítimo de Temer através de um golpe de governo,é nossa tarefa a construção pela base de verdadeiros instrumentos de luta que unifiquem a classe trabalhadora em defesa do serviço público e consequentemente da escola pública, gratuita e de qualidade a serviço da classe trabalhadora. É imediata a necessidade de enfrentarmos o programa fortemente neoliberal proposto pelos governos Temer/Pezão/Dornelles/Eduardo Paes, através do Programa “Ponte Para o Futuro, que exige corte de investimento nas áreas sociais e forte privatização do serviço público”.
 
          Sabemos que somente nas ruas e ampliando as ocupações dos espaços públicos derrotaremos as reformas da previdência, a reforma trabalhista, as privatizações e terceirizações no serviço público. Por isso urge a construção de uma Greve Geral construída pela base para lutar contra os ataques do governo e enfrentar os governos Temer/Pezão/Dornelles e todos os demais prefeitos que são nossos inimigos políticos.
 

SINDICALISMO MILITANTE

Thiago: (21) 98456-7262/ Elielsom: (21) 987726028

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Visitas às Ocupações dos Colégios Estaduais

Jovens de dezenas de Colégios Estaduais têm nos dado verdadeiras aulas ao longo dos últimos dois meses. Lideraram, com organização e método, ocupações pacíficas de seus espaços escolares. Ao longo das semanas, contaram com as doações e a solidariedade de vizinhos, docentes, funcionários, artistas e a população em geral, mantendo com convicção este ato político para defender uma Educação Pública de melhor qualidade para seu futuro. Essa juventude tem cuidado melhor dos prédios e da estrutura dos Colégios do que inúmeras direções por aí. Capinaram, limparam, pintaram, encontraram livros e materiais escolares inutilizados, promoveram aulões, shows, palestras, atividades esportivas e culturais etc.
Enquanto isso, o Governo de Pezão/Dornelles (e Cabral!) não negocia da maneira digna que os servidores estaduais mereceriam! As direções e alguns servidores furadores de greve incitam estudantes a desocupar, disseminando ódio e violência como o que acompanhamos na Ocupação do C. E. Mendes de Moraes. Este Governo é o verdadeiro culpado pela situação caótica da Educação Pública no RJ! Temos todos e todas que juntarmos forças para enfrentá-lo!
Em parceria com o Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, o Movimento Sindicalismo Militante tem recolhido doações e visitado algumas das ocupações, demonstrando seu total apoio à greve e às ocupações e promovendo vivências de slackline ou rodas de conversa sobre temas importantes na conjuntura. Estaremos em alerta para fortalecer a defesa das ocupações nas dezenas de Colégios Estaduais! Continuamos recolhendo doações e convidamos tod@s para estarem presentes fisicamente nos Colégios! Não vamos permitir violência e ódio contra essa juventude que abrilhantou nossas esperanças por novos rumos para o Rio de Janeiro!











quinta-feira, 14 de abril de 2016

Todo apoio à greve e às ocupações dos Colégios Estaduais

Desde 2008, acompanhamos mundialmente uma crise econômica, que traz como consequências medidas aplicadas por diversos governantes para salvar os grupos dominantes e prejudicar os trabalhadores e a juventude. Além de congelamentos salariais, ataques à previdência e retirada de direitos históricos dos trabalhadores, as perspectivas para os jovens em idade escolar são ainda mais alarmantes, pois o prognóstico aponta o aumento do desemprego nas próximas décadas.

Para piorar a atual situação, no Brasil, os Governos de Dilma/PT e de Cabral/Pezão/Dornelles, nos últimos anos, aplicaram e tentam aplicar ainda mais medidas que atacam a Educação Pública. O governo Dilma anunciou e aplicou sistemáticos cortes de verbas para a Educação, além de não negociar com servidores federais, que precisaram deflagrar quatro greves nos últimos cinco anos. E no Estado do Rio de Janeiro, Cabral e Pezão fecharam escolas, demitiram funcionários, abriram espaço para a privatização por meio das Organizações Sociais, impulsionaram a famigerada avaliação do SAERJ e cortaram recursos, ao ponto de faltar docentes para diversas disciplinas do currículo escolar e até mesmo a merenda para os estudantes. 

O reflexo desta situação é a imensa precariedade na rede estadual de Educação, sem o quantitativo necessário de docentes e funcionários, com pouca estrutura física e pedagógica, ocorrências de assédio moral, intensificação da meritocracia, falta de democracia etc. Como se não bastasse este quadro, o Governo do Estado, por meio de decreto, transferiu o pagamento dos servidores estaduais do segundo para o décimo dia útil e agora retira da folha salarial aposentados com salários acima de R$2.000,00. Este Governo trata com descaso os servidores e com isenções fiscais e benefícios os empresários. A greve dos trabalhadores da Educação e agora a greve geral dos servidores estaduais tomam conta das ruas, unificando as lutas em defesa dos trabalhadores, da juventude e do serviço público estadual.

Neste cenário, não temos dúvida de que apenas o caminho da luta organizada, coletiva, autônoma e independente, unificando funcionári@s, professor@s e estudantes, é o destino para enfrentarmos os governantes e ratificarmos que NOS NÃO VAMOS PAGAR PELA CRISE! Portanto, os Movimentos Sindicalismo Militante e Quem Vem Com Tudo Não Cansa vêm por meio desta carta manifestar seu irrestrito apoio à greve d@s trabalhador@s da Educação do RJ e às ocupações dos Colégios Estaduais, que têm sido muito melhor administrados pela juventude aguerrida de nosso Estado!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Derrotar o impeachment e o ajuste! E a greve da rede estadual continua!



DERROTAR O IMPEACHMENT E O AJUSTE: PARA A CRISE E A OFENSIVA DA DIREITA É A LUTA AUTÔNOMA DOS TRABALHADORES
            Nas últimas semanas, o aprofundamento da crise política no país trouxe importantes inflexões para a conjuntura: o fortalecimento do campo pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff foi sustentado por uma ofensiva da extrema-direita brasileira, marcada por uma virulenta campanha midiática, demonstrações de ódio e do mais raivoso anticomunismo nas ruas – muito ampliado a partir das manifestações do dia 13 e estendendo-se pelos dias seguintes – e profundas violações de direitos exercidas pelo poder judiciário, convertido em escancarado agente político dos interesses da parcela da burguesia que quer derrubar o governo petista.
            As frágeis garantias do Estado Democrático de Direito – como sabemos, um instrumento de classe e funcional à dominação burguesa em sua ditadura velada e diretamente exercida sobre os grupos subalternos –, conquistadas pelas históricas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras, foram sistematicamente violadas indicando uma escalada de arbitrariedades e autoritarismo que não nos é indiferente. Afinal, como também sabemos, as diferentes formas assumidas pela burguesia em sua dominação estabelecem condições qualitativamente diferenciadas para as lutas de classe. Cotidianamente denunciamos e nos enfrentamos com as violações sistemáticas que esse mesmo Estado Democrático de Direito impõe à população negra e pobre nas periferias, aos trabalhadores do campo, indígenas, quilombolas e aos movimentos sociais – e uma escalada de violações institucionalizadas, festejadas pela grande mídia e sustentadas pela ideologia de extrema direita que cresce no país nos abre um cenário que nos deixa em condições ainda mais desfavoráveis.
            Não há dúvidas de que o cenário de acirramento da crise do capitalismo em escala mundial provocou o encerramento do ciclo virtuoso da economia que sustentou os governos petistas e seu “pacto social”. Para a burguesia, a exigência é de uma feroz guinada para a implementação do ajuste, com políticas neoliberais ainda mais recessivas e, como temos assistido, cortes de direitos para a classe trabalhadora. É como se o PT já tivesse cumprido seu papel acessório para a burguesia e, agora, pudesse ser descartado – processo cristalizado pela posição simbólica da Fiesp, que se desloca da base de apoio do governo para tornar-se um dos mais importantes agitadores e articuladores do impeachment.
            Diante deste cenário, é indispensável construirmos um campo político capaz de se transformar em um vetor de intervenção na conjuntura, com mobilização nas organizações de classe, movimentos sociais, locais de trabalho e moradia. A esquerda antigovernista tem, ainda, se mantido acuada, paralisada e incapaz de responder a essas tarefas. Precisamos estar orientados por um eixo geral de enfrentamento aos abusos odiosos e autoritários, o respeito às básicas conquistas de garantias democráticas e a denúncia das violações em curso sem cair na armadilha da defesa abstrata “da democracia” que se torna funcional à reprodução do ciclo que precisamos superar historicamente.
            O chamado por uma frente de esquerda adquire uma absoluta materialidade e centralidade para nos retirar da defensiva nesse momento,o que não pode ser uma abstração e exige a avaliação das experiências passadas, que já fazem parte da nossa recente historia política. Muitas frentes foram criadas e gestadas a partir de acordos superestruturais, sem construção pela base e sem a elaboração de um programa que nos permitisse a coletiva formulação da unidade de ação e seus marcos. Logo a conjuntura traz a necessidade da de uma frente de esquerda para que possamos juntos superar os enormes desafios colocados em defesa da classe trabalhadora e seus direitos.
A GREVE CONTINUA! PEZÃO, A CULPA É SUA!

            No Estado do Rio de Janeiro, a tríade Dilma, Pezão e Eduardo Paes atacam diretamente os trabalhadores e beneficiam os empresários e banqueiros. A crise é usada como desculpa para retirar direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e aprofundar o projeto neoliberal em todos os setores do serviço público, através da meritocracia, ampliando a terceirização e reduzindo os concursos públicos.
            O recente relatório publicado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e uma demonstração clara como os governos estão comprometidos com a classe dominante, esse relatório afirma que foram concedidos R$ 138,6 bilhões de reais de isenção fiscal pelos governos Cabral e Pezão entre os anos de 2008 e 2013 o que beneficiou empreiteiras, empresas de transporte, cervejarias, entre outros. Essa fabulosa quantia daria para garantir o pagamento dos servidores estaduais por cinco anos e três meses, já incluído o pagamento do 13º. 
            Apesar de o tempo todo o governo federal, estadual e municipal de forma articulada com a grande mídia fomentar o "Consenso da crise" para justificar os ataques aos direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores, os dados do TCE é uma prova concreta de como os governos Cabral e Pezão privilegiam empresários e banqueiros em detrimento da qualidade dos serviços públicos que atendem a classe trabalhadora.
            No entanto, após forte mobilização do funcionalismo, foi retirado de pauta o famoso "pacote de maldades"  de Pezão que, entre outros ataques, aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14%, voltará a ser pauta da casa no futuro próximo de forma desmembrada o que vai exigir do funcionalismo mais mobilização.
            Além disso, o recente decreto do governo do estado que determina o pagamento dos servidores estaduais no décimo dia útil e mais um absurdo cometido por Pezão como se não bastasse o governo já anuncia que deve parcelar o salário de março em duas vezes descumprindo com o próprio decreto por ele publicado, isso só reflete o total descaso do governo com o funcionalismo e a educação pública.
            Nesse sentido é fundamental ressaltar que a greve dos profissionais da educação vem dando um show nas ruas de todo o Estado do Rio de Janeiro por professores, funcionários, estudantes e trabalhadores. Até porque sabemos que somente nas ruas derrotaremos os ataques as reformas contra a classe trabalhadora e enfrentaremos Dilma, Pezão e demais prefeitos que são nossos inimigos políticos. Precisamos de um espaço que unifique nossas lutas, construindo uma pauta mínima que canalize toda a insatisfação com o momento de crise política e ataque aos trabalhadores.