A greve dos profissionais de educação da rede estadual, que nos coloca em enfrentamento direto com o governo Pezão/Dornelles, é decorrente das nossas reivindicações econômicas, já que estamos sem reajuste salarial há dois anos e com o atraso e parcelamento dos salários. No entanto, essa greve tem um diferencial; as ocupações dos estudantes, que estão nos dando uma aula de luta pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.
E é esse diferencial do protagonismo estudantil que nos faz avançar em algumas conquistas de nossa pauta como, por exemplo, a aprovação das eleições diretas para Diretor nas escolas estaduais,o enquadramento por formação, a licença especial para docentes, nenhuma disciplina com menos de dois tempos comtemplando filosofia e sociologia e a aprovação do cargo de professor indígena I e II no quadro do magistério.
Nesse sentido é fundamental fazer uma análise da
importância das mais de 70 ocupações estudantis como um necessário instrumento
de luta para enfrentar o governo Pezão/Dornelles. A situação absolutamente caótica
vivida pelo serviço público, em especial a educação, fez com que os estudantes
se insurgissem contra a ordem estabelecida e lutassem pelo único espaço público
presente em sua comunidade:uma escola pública!
Dessa forma é necessário entendermos que as ocupações nas
escolas, nas metros e mais recentemente na Seeduc colocam a greve da rede
estadual em outro patamar. Ocupações que vem sofrendo da própria Seeduc e do governo
uma forte e brutal repressão, tanto pelo movimento desocupa como pela polícia
militar como ocorreu na sede da Seeduc,
nesse último final de semana.
Diante desse cenário é necessário que nosso sindicato adote
uma política mais incisiva e efetiva que deve ir muito além da solidariedade e
apoio as ocupações. É uma exigência a realização de ações políticas que fortaleçam
esse espaço como um verdadeiro instrumento tático de luta dessa greve e sua
consequente unificação. Para que essa
proposta se efetive é necessário que as próximas assembléias locais sejam realizadas
nos núcleos onde há escolas ocupadas para que não só se fortaleça e amplie
as ocupações, mas também se construa efetivamente a unidade entre professores,
funcionários, pais e alunos.
Neste momento conjuntural absolutamente regressivo, com a
chegada ao poder do governo ilegítimo de Temer através de um golpe de governo,é
nossa tarefa a construção pela base de verdadeiros instrumentos de luta que
unifiquem a classe trabalhadora em defesa do serviço público e consequentemente
da escola pública, gratuita e de qualidade a serviço da classe trabalhadora. É
imediata a necessidade de enfrentarmos o programa fortemente neoliberal proposto
pelos governos Temer/Pezão/Dornelles/Eduardo Paes, através do Programa “Ponte
Para o Futuro, que exige corte de investimento nas áreas sociais e forte
privatização do serviço público”.
Sabemos que
somente nas ruas e ampliando as ocupações dos espaços públicos derrotaremos as reformas
da previdência, a reforma trabalhista, as privatizações e terceirizações no
serviço público. Por isso urge a
construção de uma Greve Geral construída pela base para lutar contra os ataques
do governo e enfrentar os governos Temer/Pezão/Dornelles e todos os demais prefeitos que são nossos inimigos políticos.
SINDICALISMO MILITANTE
Thiago: (21) 98456-7262/ Elielsom: (21)
987726028
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