terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Rifa de final de ano

Mais um ano letivo vai chegando ao fim e é preciso avaliarmos não apenas nossa atuação pedagógica ao longo dele, como discutirmos as necessidades de avançar na reorganização da categoria para fortalecer a resistência contra os ataques dos governantes e demais inimigos da Educação Pública. Teremos pouco mais de um mês para repor as energias e voltar com tudo para que em 2013 possamos construir uma ampla e mobilizada campanha salarial, além de lutar contra as ações dos Governos de Sérgio Cabral e dos prefeitos que visam à precarização das escolas, à meritocracia e à privatização!

Portanto, será tempo de impulsionarmos o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação para as lutas, sem que caia nos equívocos de transferir ao Parlamento o que é de nossa responsabilidade: a ação coletiva e organizada d@s Educador@s! Para isso, o Movimento Sindicalismo Militante, que preza pela autonomia e independência da classe trabalhadora, realiza neste final de ano uma rifa, no valor de R$1,00 cada número, como política financeira para a confecção de materiais (panfletos, jornais, cartazes) em seu cotidiano que propiciem o fortalecimento de nossas Lutas. O prêmio será um panetone da rede Cacau Show e o sorteio ocorrerá no dia 26 de dezembro de 2012, pela Loteria Federal.



Àqueles e àquelas que desejarem contribuir, só entrar em contato que organizaremos a melhor forma para receber a contribuição, seja presencialmente ou por meio de transferências bancárias.

Saudações de Luta,

SINDICALISMO MILITANTE.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Situação calamitosa na Educação Pública da cidade do Rio de Janeiro


A Secretaria Municipal de Educação (SME) da cidade do Rio de Janeiro segue firme na implementação de uma política de desmonte da Educação, incentivando a meritocracia, a fragmentação e a privatização dos espaços escolares. Logo, é importante que @s Educador@s da rede, assim como toda a população, tomem conhecimento dos acontecimentos que visam à precarização da Educação pública, intensificada durante os mandatos de Eduardo Paes e da gestão de Claudia Costin à frente da SME.

Durante as últimas semanas, os professores se depararam com notícias estarrecedoras envolvendo a rede de ensino: as escolas serão subdividas e os professores removidos, de maneira compulsória a atender as demandas e interesses da Secretaria e das coordenadorias regionais. E o que isso quer dizer?

As escolas serão divididas entre EDIs - incluindo a educação infantil - Casa da Alfabetização e Ginásio Carioca. Sob este modelo, a cada ciclo, os estudantes serão deslocados de escola, afetando os vínculos entre escola-aluno e aluno-aluno, assim como estarão submetidos à diversificação de projetos educacionais sem poder optar pelo desenvolvimento e envolvimento em determinada escola. Além disso, interfere-se no Projeto Político Pedagógico das escolas, limitando-as a determinados ramos.

A Secretaria Municipal de Educação, por conta dessa subdivisão, sem nenhum ato normativo, utilizando mensagens eletrônicas e telefonemas, comunicou às escolas sua transformação e aos professores que estivessem “sobrando” na nova conformação que procurassem as CREs, em dia especificado, para acertarem sua remoção para outras escolas. O que aconteceu é que muitos professores, com muitos anos de “casa”, não ficaram satisfeitos com a obrigatoriedade dessa remoção. O SEPE esteve então presente nas CREs com a orientação, aprovada na assembleia do dia 22/11, para que os professores não escolhessem nova escola, resistindo a esse desmonte.

Porém, essa situação não é o começo! A interferência na autonomia dos professores no processo de ensino-aprendizagem é muito forte. Os professores recebem apostilas e prazos para que seus conteúdos sejam trabalhados; as provas a serem aplicadas vêm prontas da SME e devem, as notas dos alunos, serem encaminhadas para a secretaria; além da orientação forçar uma aprovação automática escamoteada. Os estudantes que se encontram em situação complicada e estão “muito atrasados” são encaminhados para as turmas de projeto, pois as mesmas não contam nas estatísticas de aprovação nem no índice do IDEB, tendo a possibilidade de o governo esconder os verdadeiros números de uma avaliação irreal e aligeirando o tempo de formação.

O acompanhamento dos estudantes, de forma mais individualizada, se torna cada vez mais complicado, já que encontramos salas de aula superlotadas, com média superior a trinta e cinco estudantes por sala, até mesmo na classe de alfabetização. Como se isso não bastasse, há por parte da Secretaria, um processo crescente de culpabilização do professor, fazendo com que o mesmo assine um termo de responsabilidade se comprometendo a alfabetizar os alunos até o final do primeiro ano! Ora, se a secretaria não atende aos critérios para uma real alfabetização, como os professores conseguirão cumprir o exigido? A “culpa” é do professor?

A fragmentação e o desmonte não param por aí! Quem não ouviu falar no caso da Escola Municipal Friedenreich? A proposta do Governo municipal de Eduardo Paes, em parceria com o Estadual de Sérgio Cabral, é demoli-la para a construção de um complexo de lojas no Maracanã, utilizando como argumento que uma escola não cabe em meio a um complexo de lojas! Então, Senhor Prefeito, QUER DIZER ENTÃO QUE A PRIORIDADE NA CAPITAL SÃO AS LOJAS E NÃO A EDUCAÇÃO??? Exatamente, para ele e seus amigos empresários, a prioridade são as lojas, os lucros, não importando a educação da classe trabalhadora, não importando investir na classe trabalhadora - que aliás paga os impostos para serem revertidos na reforma do Maracanã, no complexo de loja, na demolição da Friedenriech, nas remoções, na fragmentação da educação e nas empresas privadas e Organizações Sociais (OSs) que atuam nas escolas! Empresas e OSs que atum nas escolas???

Isso mesmo! A SME investe financeiramente em projetos de empresas privadas e organizações sociais que atuam no interior das escolas. Milhões são revertidos para atender poucos estudantes, em projetos em que os professores são obrigados a atuar, mesmo sem treinamento! Mas dizem ser importante, gera lucro e movimenta a economia... Só não melhora a educação!

Enquanto isso, os projetos geridos pela coordenação extensionista da Secretaria, com verbas públicas diretas, são aniquilados. Os Núcleos de Arte e Clubes Escolares estão tendo fechamento compulsório! Para a senhora secretária e para o senhor prefeito, a escolha das CREs não é importante que os alunos tenham vivências e conhecimentos das artes. Logo, ao invés de ampliar projetos extensionistas voltados para arte, esporte e pesquisa, a secretaria decidiu acabar, aos poucos, com eles, para que não haja uma maior comoção popular, e deixar viverem os projetos que geram lucros: os das empresas e OSs.

Contudo, nós - educadores, estudantes e a população do Rio de Janeiro - percebemos que o governo de Eduardo Paes destina suas prioridades aos megaeventos esportivos, às grandes empresas e aos bancos, retirando cada vez mais da Educação Pública! Milhões são investidos nas construções dos megaeventos, ou seja, milhões desviados para empreiteiras, enquanto a educação é fragmentada, destruída, e seus projetos públicos aniquilados para fortalecer as empresas e Organizações Sociais.

Movimento Sindicalismo Militante denuncia a situação escabrosa pela qual passa a Educação Pública da cidade do Rio de Janeiro, convocando tod@s para se juntar às lutas contra os ataques do governo Eduardo Paes, da Secretária de Educação Claudia Costin e contra as políticas neoliberais que visam à mercantilização da educação. À LUTA!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Rede Estadual do RJ fará paralisação quarta-feira

O Movimento Sindicalismo Militante convida o conjunto d@s Trabalhador@s da Educação para aderir à paralisação de 24 horas e participar da manifestação na próxima quarta-feira, a partir das 14h, em frente à SEPLAG!


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Carta d@s Educador@s do Colégio Municipal Botafogo


Macaé, outubro de 2012
Colégio Municipal Botafogo

CARTA D@S EDUCADOR@S DO COLÉGIO MUNICIPAL BOTAFOGO

            Em nossa instituição de ensino, podemos observar uma heterogeneidade do corpo docente no que tange às experiências de vida e profissional e ao tempo de vínculo com a rede municipal e com o próprio Colégio. Por outro lado, de diferentes formas, fomos muito bem recepcionados e acolhidos neste Colégio, que é uma referência para a comunidade ao redor, alijada de diversos serviços públicos de qualidade e das riquezas produzidas pela ‘capital nacional do petróleo’. A maneira gentil, honesta, transparente e dialógica com a qual a Direção nos recebeu possibilitou e possibilita, paulatinamente, a homogeneidade entre o corpo docente relacionada à satisfação em sermos lotados nesta Unidade, mesmo com os diversos desafios existentes diante das mazelas sociais causadas por uma distribuição extremamente desigual de investimentos nesta cidade. Combinando a receptividade no Colégio ao sonho coletivo de trabalharmos em busca de uma Educação Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade, que coloque os conhecimentos a serviço da Humanidade, temos o dever de prezar por nosso compromisso pedagógico e nos dedicar às melhorias necessárias para os estudantes, principalmente.

            Feita esta introdução, é preciso situarmos o solo conturbado sobre o qual pisamos. Nosso público-alvo é composto por estudantes que vivem numa comunidade sem saneamento básico adequado; estudantes com graves problemas familiares, como alcoolismo, uso de drogas ou violência; estudantes cujas famílias vêm de diversas partes do Rio e de outros estados do país em busca de um lugar ao Sol em Macaé; estudantes com pais muito jovens e imaturos porque tiveram seus filhos precocemente; estudantes com pais desempregados, analfabetos ou até mesmo assassinados pelo poderio bélico oriundo dos confrontos entre a polícia e o tráfico etc. Nenhuma pessoa com conhecimentos básicos de Educação é capaz de afirmar que essa realidade não influencia decisivamente sobre o cotidiano de nossas salas de aula! O quadro apresentado parece assustador e realmente o é, tanto que antes de nossas escolhas muitas estórias foram relatadas e recebemos conselhos para não trabalhar no Botafogo. Com a perspectiva de que nada deve parecer impossível de mudar, registramos que temos sonhos a construir a fim de garantir um futuro diferente para nossas crianças e nossos jovens.

            Diante do exposto, é de nosso desejo que a Secretaria Municipal de Educação de Macaé não se submeta aos atuais ditames das políticas educacionais em nosso país, que enxergam a Educação como números e estatísticas em vez de trabalhar com o processo, com os conflitos e com os avanços existentes. Não queremos que nosso Colégio seja simplesmente julgado por índices ou fórmulas elaboradas por pessoas que cada vez mais se distanciam da realidade concreta de uma ESCOLA. Ao mesmo tempo, queremos o aumento de investimentos para a infraestrutura, pois se a visão da Secretaria é que o estudante é o centro, o alvo, o fim da intervenção, suas reivindicações precisam ser atendidas. Queremos recursos para a compra dos materiais que muitas vezes professores e professoras retiram do próprio bolso para inovar e criar formas atrativas para garantia do aprendizado; queremos recursos para reforma, reparos e pintura adequados no prédio; queremos recursos públicos para alavancar os excelentes projetos como os de Judô e Dança; queremos recursos para transportar os estudantes para atividades pedagógicas fora do bairro e da própria cidade; queremos recursos para um laboratório de ciências, uma sala de Artes Visuais e uma quadra poliesportiva coberta etc. Enfim, queremos que a Prefeitura tire do papel os slogans de que “A energia do futuro vem da Educação” e “Educação: nossa maior riqueza”, pois não desejamos propaganda, mas ações concretas que possibilitem um real desenvolvimento de nossas crianças e jovens em um dos municípios mais ricos do país.

            Para finalizar, o espectro da obrigatoriedade dos três dias para os professores C reaparece às vésperas de finalizarmos o ano letivo. As tentativas de relacionar a quantidade de dias de trabalho do professor C aos índices supracitados são desonestas e descabidas! Precisamos levar em consideração que o resultado do processo pedagógico é uma síntese de múltiplas determinações. Em nosso Colégio, passa pelo diálogo transparente entre a Direção e o corpo docente a tônica para os processos decisórios. As mobilizações de rua e as paralisações da categoria em 2011 explicitaram à Secretaria o equívoco da Portaria que trazia tal obrigatoriedade e a Secretaria modificou seu teor.

Portanto, ratificamos que não é pela quantidade de dias em que o servidor cumpre sua carga horária que avançamos nas melhorias pela Educação. Ratificamos que, nesta instituição, discutimos e nos esforçamos coletivamente para avançar nas práticas pedagógicas mesmo diante de tantas adversidades. Ratificamos que somos contrários a quaisquer medidas unilaterais e arbitrárias que sejam tomadas a fim de padronizar na rede a organização do quadro de horários dos servidores. Ratificamos que queremos um aumento significativo de investimento público nas escolas, atingindo os estudantes e valorizando os servidores. Ratificamos que o corpo docente do Colégio Municipal Botafogo apoiará e agirá de acordo com as decisões tomadas em nossos espaços, garantindo nossa autonomia e as nossas especificidades.

Assinam este documento:

Gabriel Rodrigues Daumas Marques – Professor C – Educação Física
Joanna de Angelis – Professora C – Educação Física
Aline Cordeiro Campos Neves – Professora C – Matemática
Marcelly Maria dos Santos Brito – Professora C – Ciências
Aniela Amorelli – Professora C – Língua Inglesa
Iomara Barros Dantas da Silva – Professora C – Geografia
Lucia Maria Tavares Q. R. da Silva – Professora C – Artes
Maria da Conceição – Professora C – Língua Inglesa
Rubens Francisco da Silva – Professor C – Ciências
Wellington Luís do Couto Martins – Professor C – Geografia
Manoelli Garcia – Professora C – Educação Física
Maria Teresa – Professora C – História
Mariana Vilardo Freire – Professora C – Educação Física
Diorges Gonçalves – Professor C – Língua Portuguesa
Fabiana Leite da Rocha Cruz – Professora C – Artes
Queila Lima de Gouvea – Professora C – História
Luciana Barbosa Ferreira – Professora C – Língua Portuguesa
Ricardo da C. Ribeiro – Professor C – Ciências
Rosilene Ferreira Fidelis – Professora C – Matemática
Aline Mesquita Carvalho – Professora C – Língua Portuguesa
Leonardo Vieira Bittencourt – Professor C – Matemática
Leonardo Rodrigues Cruz – Professor C – Educação Física
Gabriel Verani – Professor C – Artes
Pablo Ramos Labre – Professor C – Matemática
Nely Menezes Barros – Professora C – Língua Portuguesa
Claudia Maria M. C. da Rocha – Professora A
Rosilene A. do Nascimento – Orientadora Educacional
Jonia Maria Souza da Silva – Professora C – Língua Inglesa
Mick Xavier Silva – Professor C – Matemática
Daniele Cozentino – Professora C – Matemática
Felipe Loureiro – Professor C – História
Victor Falcão Pereira – Professor C – Geografia
José Henrique Benjuir – Professor C – Matemática 

domingo, 5 de agosto de 2012

Paralisação e Assembleia da rede estadual dia 9 de agosto

Na próxima quinta-feira, 9 de agosto, temos PARALISAÇÃO dos Profissionais da Educação da rede estadual do Rio de Janeiro. Enquanto o Governador Sérgio Cabral utiliza recursos públicos para sua comitiva passear em Londres nos Jogos Olímpicos, o mesmo destrói hospitais públicos (como o IASERJ), intervém na autonomia das escolas para escolha de suas direções (como no IERP, em Nova Iguaçu) e envia a Ação Direta de Inconstitucionalidade para modificar nosso Plano de Carreira!

O caminho que @s Trabalhador@s da Educação precisam percorrer para defender nosso triênio, defender nossas escolas e avançar nas melhorias da Educação e da Saúde Públicas é apenas um:
A LUTA!

Portanto, temos a semana para construir a adesão à PARALISAÇÃO, conversar com nossos colegas e nos organizarmos para enchermos o Clube Municipal, a partir das 14h, para discutirmos coletivamente na Assembleia os próximos passos das nossas lutas!

Confira o JORNAL MURAL DO SEPE:

9 DE AGOSTO: PARALISAÇÃO DA REDE ESTADUAL
14H: ASSEMBLEIA NO CLUBE MUNICIPAL

Relato de Professora sobre o IERP na Audiência Pública




Rio de Janeiro, 04 de Agosto de 2012.

Instituto de Educação Rangel Pestana na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

A persistência é a palavra chave do movimento de educadores(as) e estudantes do Instituto de Educação Rangel Pestana (IERP) de Nova Iguaçu, que luta pelas eleições diretas para diretores(as) dentro das escolas. Prova desta persistência ocorreu no dia 01 de Agosto, quarta-Feira, dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) na Comissão de Educação, onde o tema da reunião foi: as exonerações dos(as) diretores(as) nas escolas estaduais. E o assunto que norteou as discussões foi a situação do IERP. Perante deputados e representantes da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC), educadores(as) e alunos do IERP expuseram mais uma vez a repressão e a intervenção que está acontecendo na escola de Nova Iguaçu desde o dia 01 de Junho.

A forma como falavam os representantes da SEEDUC era bem mais amena, comparando com os encontros anteriores com os professores da instituição, o que cabe a interpretação de como a coação direta por meio das palavras é uma das formas mais utilizadas por seus representantes. O tom destemido e autoritário de quem falou que “a caneta põe e dispõe” foi trocado por um sentido mais “natural”, ou seja, foi reproduzido algumas vezes, porém tentando modificar o significado que havia sido dado. Deputados a favor do atual governo tentavam fortalecer um sistema educacional que, simplesmente, não existe! Como valorização dos(as) educadores(as) – segundo o deputado tivemos um aumento de 80% nos nossos salários -, a idoneidade do concurso seletivo para diretor, a qualificação constante dos professores da rede...  Tal fala aponta que as reais dificuldades que os(as) educadores(as) da rede estadual efetivamente vivenciam precisam ser sempre evidenciadas para a sociedade para evitar distorções.

Em contraponto, professores do IERP e representante do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ (SEPE) reafirmavam todas as denúncias: exoneração por motivo irreal, ameaças aos professores e funcionários da escola, tentativa de sabotar as eleições para diretores (realizada pela escola), impedimento de entrada de professores(as) e estudantes no IERP durante o recesso (estava programada uma colônia de férias), tentativa de trocar horários de professores na metade do ano letivo, presença constante de duas empresas privadas dentro da instituição e também o projeto de colocar polícias militares (PM) armados dentro das escolas estaduais, constatando que o IERP está com dois PMs, em todos os dias, desde o dia que a escola foi interditada. Entregamos os abaixo-assinados da população favorável à eleição direta de diretores(as) (entre 3.000 e 4.000 assinaturas). Falamos tudo e éramos observados(as) por alguns olhares incrédulos, outros acomodados e poucos com uma inquieta inconformidade de escutar tudo e não poder retrucar da forma que gostariam.

Alguns deputados estaduais mostraram total apoio à causa do IERP e foram esses que, em acordo, exigiram investigação do superintendente de Gestão e Pessoal, encaminharam proposta para o secretário de educação do estado do RJ para rever o atual concurso para diretor(a), trazendo como opção a forma utilizada pelo município do RJ (onde há a qualificação e depois a eleição entre os professores da própria comunidade escolar). E mais, divulgamos mais a nossa atual realidade no IERP, mostramos que temos apoio e que lutaremos sempre pela educação democrática! Conseguimos chamar a atenção pra séria forma de intervenção que está acontecendo não só no IERP como em toda a rede estadual do RJ.

Felizes com nossa vitória legislativa, aos poucos colhemos os resultados por conta da união e da força da Luta. Todavia, tentando ofuscar nossa satisfação, o Sr Becker conversou conosco, disse que foi desnecessário trazer para a comissão de educação os assuntos expostos, tentou desqualificar as aulas dadas por professores que atuam o dia inteiro, tentou alegar que muitas vezes a intervenção do SEPE e dos(as) professores(as) é para realizar pedidos particulares. Tentou, tentou e tentou... Mas não tirou o nosso brilho, a nossa certeza de vitória da batalha do dia. Estamos tão firmes na nossa coerência e razão que sempre que somos pressionados a desistir, ganhamos mais força!

A disputa com a SEEDUC, pelo direito de elegermos nossos diretores, não está sendo fácil, não está sendo amenizada. O IERP está, no momento, com quatro interventores nomeados no quadro de diretores, teve suas paredes pintadas dias antes do retono às aulas (um sinal de propriedade), estamos sendo dirigidos por pessoas que não se deram nem ao trabalho de se apresentarem. Entretanto, mantemos nossos ideais! E contamos com todos(as) que também almejam uma pedagogia autônoma, crítica e democrática para fortalecermos sempre mais a nossa – de todos(as) nós – causa. Agradecemos a todos(as) que já estão nos apoiando e esperamos mobilizar os que estão apenas observando, pois estamos fazendo história na educação.

Saudações...
Carla Ramalho (professora – com muito orgulho – do IERP)


Confiram também a matéria na página do SEPE sobre a Audiência Pública na ALERJ:

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ato em defesa do IASERJ e dos serviços públicos

Nas últimas semanas, temos acompanhado os avanços do Governador Sérgio Cabral para destruir a Saúde Pública no Rio de Janeiro. 

A partir das 21h do dia 14 de julho e durante a madrugada do dia 15 de julho, a Polícia Militar cercou o Hospital Central do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (IASERJ), para  forçar a transferência de 43 pacientes, então tratados na Unidade, situada na Av. Henrique Valadares. Nem os parentes dos pacientes nem o diretor do Hospital foram informados sobre as remoções!

Desde então, parentes, trabalhadores do Hospital e demais servidores públicos intensificam a Vigília, dormindo no local para aumentarmos a resistência em defesa do IASERJ! 

É preciso ainda explicarmos à população quem são os responsáveis pela situação precária na qual se encontram as unidades públicas de Saúde: o Governador Sérgio Cabral e o Secretário Sérgio Côrtes. Além deles, também foi absurda e desumana a decisão da juíza Simone Lopes da Costa, que derrubou a liminar que impedia a retirada dos pacientes e a desativação do Hospital do IASERJ.


Diante desse quadro, o Movimento SINDICALISMO MILITANTE convoca os trabalhadores da Educação e o conjunto da população para participar da Vigília e comparecer aos seguintes atos:

Amanhã, sexta-feira (27 de julho) às 18h no PÁTIO DO IASERJ!

Domingo (29 de julho) às 10h na Orla de Copacabana.


VAMOS DEFENDER O IASERJ E OS SERVIÇOS PÚBLICOS!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Histórico de luta do Instituto de Educação Rangel Pestana (IERP)


O Movimento SINDICALISMO MILITANTE repudia a truculência e as arbitrariedades cometidas pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e apresenta seu total e irrestrito apoio ao reconhecimento do processo eleitoral realizado pela comunidade escolar do Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu. 

Direção é CARGO DE CONFIANÇA DA COMUNIDADE ESCOLAR!
Pelo reconhecimento do processo eleitoral realizado e da escolha feita pela comunidade escolar!

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2012.

Histórico de luta do Instituto de Educação Rangel Pestana (IERP)

Esta luta começa no dia 31/05/2012, quando a nossa diretora – eleita pela comunidade escolar – foi chamada após às 19h para comparecer à coordenadoria e tomar ciência de sua exoneração (que seria ratifica no Diário Oficial de 01/06/2012) pela suposta falta de entrega do Censo Escolar/2011, o que já foi provado ser um motivo inexistente. A partir deste momento, o Instituto de Educação Rangel Pestana mostrou uma força incalculável para que sua vontade fosse aceita: o direito de ter um(a) diretor(a) eleito(a) pela comunidade escolar!
Houve manifestações no pátio da escola, na coordenadoria, no calçadão de Nova Iguaçu (uma das ruas centrais do município), em frente à Secretaria Estadual de Educação / RJ (SEEDUC). Ah! A SEEDUC... Neste local, onde deveriam estar e permanecer pessoas voltadas para a educação pública de qualidade, que se realiza por meio do diálogo e do reconhecimento do outro, foi lá onde professores da instituição (que realmente merecem ser chamados como tal) ouviram as mais diversas barbaridades e ameaças! Lá ouvimos que as manifestações realizadas não importavam, sabe por quê? Porque a comunidade escolar não importa e o que vale é a caneta, que põe e dispõe a bel prazer (segundo a fala dos representantes da Secretaria Estadual). Assim com a desculpa de que o concurso para diretor seria a forma mais adequada para selecionar os dirigentes de uma escola (concurso esse que possui avaliações eliminatórias muito subjetivas, a última etapa do processo é uma entrevista onde é avaliado o perfil do candidato, e este perfil não é identificado em local nenhum), a SEEDUC tenta desmerecer cada vez mais a comunidade escolar.
Foi neste clima tenso, por mais de um mês, que a escola ficou sem direção geral. No dia 04/07/2012 chegou ao IERP um diretor geral interino, diretor este que não era concursado (pré-requisito para o cargo, segundo a SEEDUC), concurso esse que realizou sua primeira etapa no domingo, dia 15/07/2012. O interino, em reunião com alunos e professores (assim que chegou à escola), falou (confidenciou?) que faria sim esse concurso, que tiraria 1º lugar e que escolheria o IERP para dirigir, trazendo mais dúvidas para o processo de seleção.
A vinda deste senhor causou tanto alvoroço na escola que a SEEDUC enviou o Sr. Paulo Fortunato (Superintendente de Gestão), e com ele ameaças veladas e ameaças diretas. A escola decidiu gritar! Realizou eleições para diretor! A comunidade escolar organizou, preparou, se mobilizou para um dos atos mais democráticos que há. E o que os representantes de um governo eleito fizeram? Ameaçaram! Queriam nomes, matrículas, queriam delações... E o que fizemos? Cada vez mais unidos, mantivemos nosso propósito de educar, formar cidadãos críticos e políticos. Fizemos debate e tivemos a ilustre presença do Sr. Fortunato, tentando amedrontar com sua aparição. Todavia, novamente não obteve êxito. A eleição foi marcada para os dias 12 e 13 de julho. No dia 11/07 um membro da SEEDUC avisou que seríamos pulverizados se houvesse um voto na urna, sabe quantos houve? Mais de 1.300 votos! Temos um professor da instituição eleito pela comunidade escolar!
No dia 13/07 (sexta-feira 13), tivemos mais uma visita ilustre, demonstrando a força do nosso movimento e das nossas ações, iria ao IERP uma comitiva da SEEDUC, estando presente o subsecretário de educação, Sr. Antônio. Gentil, cordial, simpático disse tudo o que o superintendente de gestão falou, mas com um sorriso nos lábios. O foco da nossa luta, agora, é o reconhecimento do nosso diretor eleito em pleito legítimo, mas (ainda) não legal.
Pensando nesta luta, os professores, funcionários e estudantes organizaram atividades para o período de recesso, para não esquecerem que também fazemos parte da escola, que somos a escola. Esta ocupação foi feita na 2ª feira (16/07) com a participação da comunidade escolar. Mas, como incomodamos bastante... Hoje, tivemos uma surpresa: o corpo docente e discente NÃO pôde entrar e permanecer no IERP. Os portões da escola estão fechados e protegidos, assim como os ouvidos e a boa vontade da Secretaria Estadual de Educação/RJ.
Este relato tem a intenção de obtermos apoio de todos que se comprometem com a educação e que sabem seu valor, como também para incentivar um movimento de onda, onde todas as escolas estaduais se animem a fazer eleições de seus diretores para mostrarmos nossa força. Serve para avaliarmos, com muita criticidade, a postura do atual governo! Por que numa escola não se pode votar, aprender a votar, a analisar propostas, a vivenciar uma boa escolha e o seu inverso, perceber que a maioria (o povo) seleciona quem deve ou não representá-lo e se isso não for realizado da forma prometida, o escolhido pode ser destituído de tal função. Por que essa postura dos nossos governantes que, por acaso, foram eleitos por meio dos votos?
Chamo a atenção para outro fato, o IERP é uma escola de formação de professores, servimos de exemplo para os futuros professores! Se há queixas da inércia da classe, temos que enaltecer tal processo de resistência para fortalecermos as futuras lutas. Assim, teremos professores não só para reproduzir conteúdo, mas sim para formar pessoas com propósitos de pensamento coletivo.

Relato enviado pela Professora Carla Ramalho (Educação Física).



Confira também a notícia na página do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação:

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Paralisação de 48 horas amanhã e quarta - REDE ESTADUAL

O Movimento SINDICALISMO MILITANTE informa e convoca @s Trabalhador@s da rede estadual do Rio de Janeiro para a 

PARALISAÇÃO DE 48 HORAS NOS DIAS 03 E 04 DE JULHO!


Nossa Assembleia ocorrerá às 14h de terça-feira, dia 03, no Clube Municipal, para definir os rumos de nossas lutas em defesa do Plano de Carreira.

Como esta paralisação é unificada com os demais servidores estaduais, na quarta-feira, dia 04, faremos a concentração no Largo do Machado às 10h para marchar até o Palácio Guanabara e mostrarmos nossa contrariedade a mais este ataque do Governo corrupto e burguês de Sérgio Cabral.


CABRAL, TIRE AS MÃOS DE NOSSO PLANO DE CARREIRA!

O TRIÊNIO É NOSSO!

ABAIXO AS METAS DE PRODUTIVIDADE IMPOSTAS PELO GOVERNO SÉRGIO CABRAL!

BASTA DE MERITOCRACIA!

QUEREMOS INVESTIMENTOS SÉRIOS NA EDUCAÇÃO!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Paralisação da rede estadual com Assembleia e Passeata

Colegas Educador@s,

O Governador Sérgio Cabral enviou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com o objetivo de modificar nosso Plano de Carreira, uma importante conquista da categoria. Wilson Risolia e Sérgio Cabral querem impor um novo Plano de Carreira sem a progressão por tempo de serviço, subordinando a ascensão da carreira às metas ditatorialmente estabelecidas pelas Secretarias.

Em 2009, o mesmo Governador já tinha tentado atacar nossos direitos e a categoria respondeu com greve, forçando o recuo do Governo. Em 2011, foram nossas atividades de greve e a ocupação da Rua da Ajuda que geraram conquistas. 

Portanto, o único caminho que temos para enfrentar e derrotar o governo corrupto e burguês de Sérgio Cabral/PMDB é a LUTA!

QUINTA-FEIRA 14/06 É DIA DE LOTARMOS O CLUBE MUNICIPAL NOVAMENTE e nos somarmos às greves dos docentes e discentes das Instituições Federais de Ensino Superior e dos docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, deliberada ontem!
Em seguida, passeata com concentração às 13h na Cinelândia!


CABRAL, TIRE AS MÃOS DO NOSSO PLANO DE CARREIRA!

TE CUIDA, RISOLIA! SE TIVER ATAQUE, VAI TER LUTA TODO DIA!

FORA CABRAL!


terça-feira, 17 de abril de 2012

Convocação para formação de chapa para o SEPE-Macaé

OS MOVIMENTOS
EDUCADORES EM LUTA &
SINDICALISMO MILITANTE

CONVIDAM OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
PARA A CONVENÇÃO DE CHAPA
PARA AS ELEIÇÕES DO NÚCLEO MACAÉ DO SEPE



NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA - 19 DE ABRIL ÀS 16H
LOCAL: SEDE DO PSTU-MACAÉ
ENDEREÇO: RUA TEIXEIRA DE GOUVEIA, 1766 (FUNDOS) – BAIRRO: CENTRO


Em 2011, os profissionais da Educação de Macaé demonstraram qual o real caminho para garantir as melhorias salariais e de condições de trabalho e defender a Educação Pública e de Qualidade: a LUTA. Com cinco paralisações e manifestações públicas que aglutinaram centenas de profissionais da Educação pelas ruas do Centro de Macaé, conquistamos significativas vitórias para os Educadores, enfrentando os governos municipal de Riverton Mussi e estadual de Sérgio Cabral.

No cenário nacional, acompanhamos o Governo Dilma/PT liderar a política de arrocho salarial e retirada de direitos trabalhistas, criminalizar a pobreza e os Movimentos Sociais ao passo que empreiteiros, empresários, banqueiros e latifundiários concentram ainda mais riquezas. É fundamental que construamos a resistência para avançar o processo de reorganização da classe trabalhadora em nosso país, já que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais pelegas não estão mais ao nosso lado e não nos servem como alternativas de luta. Por isso, optamos pela construção e fortalecimento da Central Sindical e Popular – CONLUTAS, que atuou nas mobilizações em Macaé e em diversas localidades do Brasil.

Para consolidarmos o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação de Macaé (SEPE-Macaé) como uma entidade presente no cotidiano, combativa e antigovernista, é fundamental organizarmos uma chapa que aglutine o conjunto dos profissionais compromissados com a Luta em defesa da categoria e da Educação Pública.

Portanto, vimos por meio deste convidar você para participar de nossa Convenção de Chapa na próxima quinta-feira! Saudações de Luta!


Contatos:
Gabriel Marques: (21)9450-2472 / (22) 9283-0827
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Paralisação da rede estadual na próxima quinta-feira

NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA, 19 DE ABRIL

OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

VÃO PARALISAR SUAS ATIVIDADES DURANTE 24 HORAS.


HAVERÁ ASSEMBLEIA ÀS 14H
NA ABI!


VAMOS PARTICIPAR PARA CONSTRUIR A LUTA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E PELAS MELHORIAS SALARIAIS E DE CONDIÇÕES DE TRABALHO PARA A CATEGORIA!

domingo, 1 de abril de 2012

Marcha em Defesa da Educação Pública - 28/03

Apesar da chuva, na quarta passada a Marcha em Defesa da Educação Pública reuniu bom número de participantes, principalmente os estudantes secundaristas. Os manifestantes cantaram palavras de ordem e fizeram falas para denunciar principalmente os ataques cometidos por Sérgio Cabral/PMDB, Eduardo Paes/PMDB e demais prefeitos, que tentam destruir a escola pública. O SINDICALISMO MILITANTE esteve presente, deixou seu recado na Cinelândia e distribuiu o panfleto que compartilhamos abaixo.


Professor Gabriel Marques faz uma saudação aos manifestantes em nome do SINDICALISMO MILITANTE.

Leia nosso panfleto:

28 DE MARÇO: MATARAM UM ESTUDANTE! E SE FOSSE SEU FILHO?

Há 44 anos, numa conjuntura em que empresários e militares impunham a Ditadura em nosso país, o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, então com 18 anos de idade, foi assassinado pela Polícia Militar em um confronto no Centro do Rio de Janeiro, mais especificamente no Restaurante Calabouço. Paraense, nascido em Belém, Edson Luís foi o primeiro estudante assassinado pela Ditadura Militar, após a organização de uma passeata relâmpago contra a alta do preço da comida no restaurante. Com receio de que a polícia desaparecesse com o corpo e corajosos, os estudantes carregaram o corpo até a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, onde foi velado. Homenageando Edson Luís, o dia 28 de março é também considerado o Dia Nacional dos Estudantes. EDSON LUÍS VIVE! Entretanto, não temos elementos para comemorar. Hoje não há militares à frente de uma Ditadura; porém, vivenciamos a tríade composta por Dilma Rousseff/PT, Sérgio Cabral/PMDB e Eduardo Paes/PMDB garantir benefícios à elite e criminalizar a pobreza e os Movimentos Sociais. Os estudantes, que deveriam ter acesso a excelentes condições de ensino, encontram escolas sucateadas. Portanto, estudantes, pais e responsáveis e educadores não vão se calar diante das atrocidades governistas e vão às ruas CONTRA A DESTRUIÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA! O conjunto da sociedade concorda que a Educação pede socorro!


HOJE É DIA DE MARCHA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!

#SOSEDUCAÇÃO O cenário é lamentável no Rio de Janeiro. Faltando aproximadamente um semestre para escolha da sucessão municipal, Eduardo Paes anuncia o benefício-alimentação para os servidores e Sérgio Cabral, a incorporação da gratificação Nova Escola ao vencimento básico (promessa da campanha de seu primeiro mandato, com carta enviada à casa de cada um dos educadores...). Tentativas para nos fazer esquecer os descasos da dupla, com aval da presidente!?

Certamente em vão, pois somos nós que acompanhamos cotidianamente a situação caótica da esmagadora maioria de nossas escolas, com salas superlotadas, que impossibilitam avanços no processo de ensino-aprendizagem; somos nós quem deixamos de ser valorizados com melhores salários e condições de trabalho ao transferirem recursos públicos para instituições privadas, como a Fundação Roberto Marinho, organizarem projetos de aceleração da conclusão dos Ensinos Fundamental e Médio (alunos podendo terminar em 3 anos com aulas ministradas por um único docente e vídeos em vez de 7 anos de estudo, com professores de diversas disciplinas); somos nós que consideramos um crime o governo fechar instituições escolares, dificultando o acesso à Educação aos estudantes que trabalham e ocasionando total desconforto aos colegas que precisam buscar novos locais em duas ou mais escolas para cumprir a carga horária; seremos nós os prejudicados pela aprovação do PL nº 1005 em 2011, componente da Reforma da Previdência de orientações neoliberais promovida por Eduardo Paes; fomos nós quem levamos tiros de balas de borracha e bombas de gás de pimenta da Polícia a mando de Sérgio Cabral na greve de 2009. Não apenas lembraremos tais situações como estaremos nas ruas para denunciar os governantes e organizar os Educadores e os Estudantes para os necessários enfrentamentos!


SÓ A LUTA MUDA A VIDA!


No ano passado, os educadores da rede estadual demonstraram o importante e único caminho que temos a percorrer: a Luta! A mobilizada greve de dois meses e a ocupação da Rua da Ajuda deixaram Sérgio Cabral e Wilson Risolia preocupados, com o Secretário ironizando ao dizer que só havia 240 grevistas.

Para nós, do SINDICALISMO MILITANTE, é tempo de aumentar nossa organização, construindo um caminho coeso, autônomo e independente para defender a Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. Não podemos depositar quaisquer esperanças de dias melhores por meio da via institucional, dos vereadores ou deputados, em sua quase totalidade comprometida com a classe dominante! Devemos potencializar um trabalho de base junto à categoria, conquistar o apoio da população e unificar com os demais setores da classe trabalhadora e da juventude, para irmos às ruas e colocarmos Sérgio Cabral e Eduardo Paes ‘contra a parede’!


terça-feira, 20 de março de 2012

Campanha Salarial 2012

Após a paralisação unificada das redes estadual do RJ e municipal do Rio de Janeiro, no último dia 14 de março, foi lançada a campanha salarial de 2012. Ouça as posições do SINDICALISMO MILITANTE no vídeo abaixo e ajude a divulgar a próxima MARCHA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, na quarta-feira 28 de março. Tod@s à Cinelândia!






Leia nosso panfleto distribuído no dia 14 de março:

Ao adequar a “Cidade Maravilhosa” para sediar os megaeventos esportivos, Sérgio Cabral e Eduardo Paes repassam recursos públicos para obras milionárias e demonstram a quem seus governos servem: milhões são destinados aos lucros de empresários e empreiteiros, ao passo que o salário dos servidores é achatado, direitos são retirados e escolas e hospitais públicos agonizam diante da falta de investimento. Nas redes de ensino, temos acompanhado ainda a superlotação de diversas turmas; a absurda prática de fechar escolas sem qualquer diálogo com a comunidade; a lógica das avaliações pautada na meritocracia; e projetos de aceleração em parcerias que beneficiam organizações privadas como a Fundação Roberto Marinho e mascaram os reais problemas e dificuldades do corpo discente, aligeirando sua saída da escola para simplesmente obter o diploma. Nesse cenário, aos trabalhadores e à juventude resta um caminho: o enfrentamento aos governantes para defender melhores salários e condições de trabalho e manter seus direitos historicamente conquistados.


14 DE MARÇO: PARALISAÇÃO CONJUNTA DAS REDES ESTADUAL DO RJ E MUNICIPAL DO RIO / CAMPANHA SALARIAL

Para reivindicarmos o reajuste de 36% na rede estadual e 20% no município, além de outras bandeiras, apenas a luta pode apontar perspectivas de ganhos! Em 2011, a rede municipal foi às ruas e dificultou o ataque da “Reforma da Previdência” implementada por Eduardo Paes por meio do projeto de Lei nº 1005; e a rede estadual realizou mais de dois meses de greve, ocupando a Rua da Ajuda com seu acampamento político, dando visibilidade à luta e arrancando tímidos ganhos que desgastaram Sérgio Cabral.

Para nós, do SINDICALISMO MILITANTE, é tempo de aumentarmos nossa organização, construindo um caminho autônomo e independente para defender a Educação Pública. Não podemos depositar quaisquer esperanças de dias melhores por meio da via institucional, dos vereadores ou deputados, em sua quase totalidade comprometida com a classe dominante! Devemos potencializar um trabalho de base junto à categoria, conquistar o apoio da população e unificar com os demais setores da classe trabalhadora e da juventude, para irmos às ruas e colocarmos Sérgio Cabral e Eduardo Paes ‘contra a parede’!