terça-feira, 29 de setembro de 2009

Abaixo-assinado em apoio à professora Denize Quintal Alvarenga e sua luta contra a perseguição política sofrida


Nós, abaixo-assinados, apoiamos a luta da professora Denize Quintal Alvarenga contra a perseguição política sofrida por conta de sua participação na recente greve dos profissionais de educação do Estado do Rio de Janeiro. A direção do Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo, localizado em Cabo Frio-RJ, puniu arbitrariamente a professora por ter participado do movimento grevista e lutado intensa e corajosamente pela mobilização em sua escola, retirando sua GLP (aula extra). A perseguição torna-se evidente porque a direção da escola resolveu lançar no controle de ponto da professora o código 30 – falta não justificada – em vez de 61 – falta por greve – procedimento incorreto e ilegal adotado pela direção. Com isso, o diretor usou o falso argumento de que a professora era faltosa e, portanto, não deveria ter direito à GLP. No entanto, suas faltas foram motivadas por sua participação na greve, um direito que lhe é garantido! O histórico da professora Denize demonstra sua assiduidade e responsabilidade com seu trabalho na escola. O corte de sua GLP caracteriza-se como perseguição política.

Além disto, a direção do SEPE - Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - deveria apoiá-la e protegê-la com todo o seu potencial. Toda a estrutura sindical controlada pela direção precisa servir aos trabalhadores no momento em que estes mais precisam que esta imensa estrutura funcione. O apoio aos profissionais de educação perseguidos por conta de sua brava e corajosa luta precisa ser prioridade para que o SEPE cresça e avance nas lutas!

Apoiamos a luta da professora Denize Quintal Alvarenga! Sua luta é nossa luta!

A direção do Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo precisa restabelecer a GLP à professora Denize imediatamente!


Assine e divulgue o abaixo-assinado:

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5078


Carta da professora Denize Quintal Alvarenga à Coordenadoria

(A carta a seguir foi escrita pela própria professora, que nos enviou e autorizou sua publicação neste blog)

Meu nome é Denize Quintal Alvarenga, professora lotada no Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo, Cabo Frio, matrícula 0830916-3, na função de Orientadora Tecnológica e trabalhando em regime de GLP (aula extra), há mais de 3 anos, na referida unidade escolar e em 2009 desde o mês de março, venho expor a seguinte situação:

- Sou professora assídua, responsável, cumpridora de meus deveres, o que pode ser facilmente comprovado junto as minhas turmas e ao controle de ponto da escola.

- Participei da última greve que aconteceu entre os dias 08 e 15 de setembro e após deliberação de assembleia de suspensão do movimento em 15 de setembro, retornei normalmente ao trabalho.

- No dia 17, meu primeiro dia trabalho após a deliberação de suspensão da greve, fui impedida de entrar em sala de aula. Minhas turmas foram dispensadas e retornaram para casa, uma vez que não lhes foi apresentado nenhum professor substituto.

- Fui informada por meu diretor, professor Marcos Silva, que a Coordenadoria iria enviar outro professor de matrícula para assumir as aulas. Argumentei com o diretor que tenho consciência de que o regime de GLP é provisório, sendo automaticamente cancelado quando chega um professor de matrícula. O que devemos lutar, pois acreditamos no Concurso Público, mas que na minha situação a vaga de GLP é referente a professores que estão afastados provisoriamente das salas.

- Solicitei à direção que me deixasse permanecer nas turmas até que este professor chegasse, o que me foi negado.

- Procurei a Coordenadoria, sendo recebida pela assessora da Coordenadora, professora Mônica, que me comunicou que a orientação que me foi dada pelo diretor era a orientação para todo o Estado.

- Fui ainda informada pela professora Marinaide, responsável pelo gerenciamento de pessoas, que me foi dado o código 30 (falta não justificada) na GLP e 61(greve) na matrícula. Por ter recebido código 30 fui considerada professora FALTOSA e professor FALTOSO não interessa à direção que faça GLP.

- Reforço que não tenho registro de faltas ao trabalho, mas que, para o diretor e para a gerente de pessoas do Estado, fui considerada faltosa pelos códigos 30 recebidos durante a GREVE.

- gostaria que me fosse esclarecido quais os critérios para concessão e impedimento de continuidade de GLP nas unidades escolares e, se é possível, o mesmo profissional da educação receber código 30 na GLP e código 61 na matrícula, no período de greve.

- para terminar informo que no dia 18 de setembro uma professora de outra unidade chegou a minha escola para trabalhar em regime de GLP com minhas turmas, o que caracteriza para mim, perseguição pessoal de forma aviltante, pois a única razão que o diretor encontrou para me retaliar por ter aderido ao movimento da greve, foi a perda das aulas de GLP. A coordenadoria, representada pela a profª Marinaide diz que a GLP é do agrado do diretor. Como pode o diretor não utilizar de critérios profissionais e sim pessoais para interromper um trabalho como o que vinha fazendo com meus alunos?

Na certeza que posso contar com a sua ajuda e com seu senso de justiça, despeço-me.

Atenciosamente,

Denize Quintal Alvarenga


Moção de apoio do Sindicalismo Militante à professora Denize Quintal Alvarenga e sua luta contra a perseguição política sofrida

Moção de apoio do Sindicalismo Militante à professora Denize Quintal Alvarenga e sua luta contra a perseguição política sofrida por participação na greve dos profissionais de educação do Estado do RJ


Apoiamos irrestritamente a luta da professora Denize Quintal Alvarenga contra a perseguição política sofrida por conta de sua participação na recente greve dos profissionais de educação do Estado do Rio de Janeiro. A direção do Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo, em Cabo Frio, puniu arbitrariamente a professora por ter participado do movimento grevista e lutado intensa e corajosamente pela mobilização em sua escola, retirando sua GLP (aula extra). A perseguição torna-se evidente porque a direção da escola resolveu lançar no controle de ponto da professora o código 30 – falta não justificada – em vez de 61 – falta por greve – procedimento incorreto e ilegal adotado pela direção. Com isso, o diretor usou o falso argumento de que a professora era faltosa e, portanto, não deveria ter direito à GLP. No entanto, suas faltas foram motivadas por sua participação na greve, um direito que lhe é garantido! O histórico da professora Denize demonstra sua assiduidade e responsabilidade com seu trabalho na escola. A direção do Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo precisa restabelecer a GLP à professora Denize imediatamente!


Além de repudiarmos a atitude despótica da direção do Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo, denunciamos também o insuficiente empenho das direções do SEPE estadual e local em lutar ao lado da professora neste momento em que tanto necessita. A professora pediu apoio à direção do SEPE, mas não tem sido atendida na medida real das proporções do SEPE e o que este pode realizar. A direção do SEPE deveria apoiá-la e protegê-la com todo o seu potencial! Toda a estrutura sindical controlada pela direção precisa servir aos trabalhadores no momento em que estes mais precisam que esta imensa estrutura funcione! O apoio aos profissionais de educação perseguidos por conta de sua brava e corajosa luta precisa ser prioridade para que o SEPE cresça e avance nas lutas!


Apoiamos a luta da professora Denize Quintal Alvarenga! Sua luta é nossa luta!


Sua luta é de todos os que não se vendem por cargos, benesses ou eleições e não se entregam à apatia! Vamos seguir lutando!


Sindicalismo Militante


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A luta continua! Cabral a culpa é sua!

Segunda-feira será o dia de consolidarmos o crescimento do movimento com passagens nas escolas. Terça-feira 15/09: Ato em frente à ALERJ às 14h e Assembleia às 17h!


Na última Assembleia, os profissionais de educação do Estado do RJ decidiram manter a greve até a próxima terça-feira, 15/09, quando haverá Ato em frente à ALERJ às 14h e, posteriormente, nova Assembleia às 17h na ACM (Rua da Lapa, 86, 6º andar, Lapa).

Continuamos em greve porque os presentes à Assembleia compreenderam a importância da luta pela incorporação do “Nova Escola” ainda no atual governo Cabral/PMDB – que termina no fim de 2010 –, a inclusão dos professores de 40h e funcionários administrativos no plano de carreira e a garantia de abono nos pontos dos profissionais de educação que paralisaram os seus trabalhos para defender bravamente seu plano de carreira e condições salariais dignas.

A lição fundamental para todos os professores, funcionários e estudantes que participam de todo o processo de lutas até este momento deve ser que somente por meio de nossa organização, mobilização e luta foi possível pressionar o governo e a ALERJ e garantirmos a manutenção do plano de carreira. As conquistas que precisamos concretizar, como a incorporação imediata do “Nova Escola” e a inclusão dos professores de 40h e funcionários no plano de carreira, somente serão realizadas com o mesmo empenho, luta e mobilização demonstrados até este momento.

A passeata de terça-feira passada (08/09) demonstrou que devemos confiar na força de nossa organização e mobilização. Conseguimos unir entre 3 mil e 4 mil professores, funcionários e estudantes nas ruas do centro do Rio e caminhamos pacificamente até a ALERJ. Neste local, o movimento foi surpreendido pela recepção truculenta da PM e da Tropa de Choque. O objetivo claro desta ação violenta era dispersar e enfraquecer a manifestação dos profissionais de educação, presentes em grande número. Isto evidencia que o crescimento do movimento gerou um grande incômodo para o governo Cabral/PMDB, principal responsável pelas ações da PM. A violência foi uma das formas encontradas pelo governo Cabral para tentar enfraquecer o protesto. No entanto, não conseguiu desanimar os milhares de manifestantes presentes, que permaneceram em frente à ALERJ até o fim da votação do PL 2474 no dia.

Precisamos compreender o que acontece na realidade e articular todas as ações do governo estadual nos seus diversos níveis: o governador, o secretário de planejamento, os representantes de seus interesses na ALERJ, o seu braço armado (PM) e o uso da imprensa e grande mídia em geral. O governo Cabral/PMDB articula-se claramente para atacar a educação pública estadual e, seguindo esta lógica, os próprios profissionais de educação do Estado do Rio de Janeiro. O parlamento estadual – a ALERJ, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – representa seus interesses gerais, na medida em que o governo controla os votos da maioria desta casa. O governo Cabral e a ALERJ, portanto, organizam-se contra os interesses dos trabalhadores e dos que lutam pela educação pública de qualidade!

Somente a organização e mobilização dos professores, funcionários e estudantes de modo independente em relação ao governo Cabral/PMDB pode nos levar à conquista de vitórias reais e avançar nas lutas em defesa da educação pública e condições de vida e trabalho dignas aos profissionais de educação do Estado do RJ!

Esta segunda-feira, 14/09, precisa ser de intensa mobilização nos locais de trabalho e passagem nas escolas, divulgação das atividades de terça 15/09 e chamar a atenção dos profissionais de educação para a importância deste momento em que as manifestações dos trabalhadores da educação crescem e têm a chance de conquistar vitórias através da intensa pressão exercida sobre o governo.


Todos à ALERJ e à Assembleia do Sindicato na terça-feira 15/09!


Sindicalismo Militante


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Derrotar o projeto do governo Cabral/PMDB e avançar nas lutas!

(Panfleto distribuído pelo Sindicalismo Militante na terça-feira 08/09, durante a passeata e a Assembleia)

Esta terça-feira é mais um dia decisivo da luta dos professores, funcionários e estudantes da rede pública estadual de educação. Hoje, precisamos mostrar a força e o comprometimento que acumulou o movimento dos profissionais de educação do Estado do RJ, meio necessário para impedir o sucesso dos ataques do governo Cabral/PMDB e defender nossos interesses.


Ao longo dos últimos dias, percebemos os reflexos da divulgação das consequências do PL e do empenho na mobilização da categoria. O movimento como um todo cresceu e consolidou-se, evidenciando a necessidade de realização de contato permanente com o conjunto dos profissionais de educação e o esforço pelo envolvimento dos mesmos nas lutas sindicais. Somente o trabalho de mobilização realizado de forma permanente e intensa pode tirar as lutas sindicais atuais dos níveis defensivos em que se encontram e promover um avanço real das lutas!


A pressão que tem sido realizada pelo movimento dos profissionais de educação incomoda cada vez mais o governo. Precisamos demonstrar todo o nosso comprometimento com a luta por condições de vida e trabalho dignas e em defesa da educação pública! Não desistiremos da luta pela manutenção dos 12% de diferença entre os níveis e pela incorporação imediata e pelo teto do “Nova Escola”!


O Sindicalismo Militante defende, também, que nossa luta é pela derrota completa deste projeto de lei do governo Cabral/PMDB, por compreender que este carrega simbolicamente o próprio ataque aos profissionais de educação. Além disso, é inviável que o conjunto do movimento analise de modo consequente as dezenas de emendas que foram apresentadas. Precisamos barrar completamente este projeto de lei e confiar na capacidade de mobilização e luta do movimento que tem se fortalecido dia após dia! Vamos pressionar para que o governo prepare outro PL que não traga em si nenhum ataque aos profissionais de educação!


A última Assembleia aprovou a proposta de realizar um abraço na ALERJ após a chegada da passeata do movimento ao local. A proposta, apresentada pela direção do SEPE, é o oposto do que precisa ser feito para que a luta contra o projeto do governo Cabral se consolide e cresça cada vez mais: denunciar que a ALERJ e seus representantes não defendem os interesses dos trabalhadores e movem-se, em geral, contra nossos interesses. É preciso fazer o movimento confiar exclusivamente em suas próprias forças, capacidade de organização, consolidação, crescimento e enfrentamento para derrotar o projeto de lei do governo Cabral/PMDB e avançar nas lutas!


Os ataques realizados pelo governo Cabral/PMDB devem ser analisados também numa perspectiva mais geral. No cenário de crise econômica internacional, o governo repassa verbas públicas para a iniciativa privada por meio do projeto de “informatização da educação”: são laptops, obras de climatização etc. comprados e contratados a preços muito acima dos praticados no mercado.


A realidade estadual não pode ser compreendida de maneira isolada. O governo Lula/PT também se empenha na privatização da educação. Corta verbas do orçamento do setor em aproximadamente 1 bilhão de reais e, ao mesmo tempo, realiza financiamento em torno de 1 bilhão para universidades particulares, por meio do BNDES. No município do Rio, o governo Paes/PMDB aprovou projeto que privatiza a gestão de diversos setores públicos. Lula, Cabral e Paes são partes do processo amplo de privatização da educação pública. É necessário lutar contra os governos que realizam estes ataques!


Vamos lutar juntos em defesa do plano de carreira e pela incorporação imediata do “Nova Escola”!


Continuemos a lutar com garra em defesa de condições de vida dignas para os profissionais de educação e batalhar pela educação pública!


Se o governo Cabral/PMDB não ceder às pressões nesta terça-feira, precisamos estar preparados para a greve imediata!


Sindicalismo Militante


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Contatos: sindicalismo_militante@yahoo.com.br