quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Avaliação da Greve da rede municipal de Niterói - 2011

Antiga capital do Estado e um dos principais municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro, Niterói há tempos acompanha a negligência de seus governantes diante de políticas que favoreçam o conjunto da população. A Educação Pública diariamente sofre com problemas alertados por seus profissionais, que se esforçam para oferecer ensino de qualidade e dignidade aos niteroienses. Todavia, a garantia do desejo dos Educadores esbarra em inúmeros problemas.

As cozinheiras, que exercem um trabalho além de simples merendas – produzindo refeições em escala industrial – sofrem com a exaustiva carga de trabalho; o número de profissionais atuando junto às crianças é insuficiente, o que podemos comprovar pela falta de professores para a sala de informática e para a sala de leitura, de psicólogos(as) e assistentes sociais – profissionais essenciais para auxiliar no acompanhamento e nas possíveis resoluções dos inúmeros problemas vivenciados pelos estudantes; os(as) pedagogos(as) têm acumulado três funções, prejudicando o acompanhamento dos estudantes e do planejamento e da atuação pedagógicas do corpo docente; falta segurança escolar; é notória a necessidade de melhoria das bibliotecas, contratando bibliotecários e atualizando o acervo para incentivar a leitura etc. Enfim, durante três anos diversas e sucessivas tentativas de negociação foram encaminhadas junto à gestão de Claudio Mendonça, apontando os constantes problemas da rede municipal de ensino de Niterói.

Diante do descaso da Secretaria de Educação, da Fundação Municipal de Educação e da Prefeitura, que não apontaram propostas para superação dos problemas listados, em Assembleia realizada em Julho, os Profissionais da Educação de Niterói deliberaram pela greve a partir de 1º de agosto, não retornando ao trabalho após o recesso. O recesso foi precedido de greves de 48 horas, reuniões entre os profissionais e manifestações. Em agosto e setembro, realizamos manifestações pelas ruas, visitas em escolas, publicizamos as nossas reivindicações para a população de todas as formas possíveis.

A cada manifestação, a greve ganhava apoio de todos os setores da população niteroiense. Os pais entendiam a necessidade da greve, mesmo apontando os incômodos que ela produzia; nas ruas, a população manifestava constantemente seu apoio à nossa luta. Afinal, é inaceitável que uma cidade com arrecadação que supera a cifra de R$ 1 bilhão e 400 milhões em impostos tenha uma rede de educação tão minúscula, com milhares de crianças fora de escola – principalmente as pré-escolares!

Além dessa situação de calamidade educacional, a gestão irresponsável do Prefeito Jorge Roberto Silveira ainda se recusa a realizar as necessárias melhorias nas escolas existentes. Por outro lado, projetos de interesse de empresas privadas e ONGs são aprovados, como a distribuição de LEGO nas escolas. Tais projetos têm recebido quantias milionárias dos cofres municipais mas muitas vezes não funcionam dentro das escolas por falta de profissionais capacitados para trabalhar com eles assim como pela recusa dos professores. Como exemplo, temos a aprovação do projeto Magia de Ler, um projeto milionário, feito sem licitação com a Editora Melhoramentos (por ser considerado um projeto sem concorrência) que objetivava distribuir maletas contendo cinco livros para os alunos, livros escolhidos sem uma consulta aos professores, pondo de lado o planejamento anual dos mesmos (como todo e qualquer projeto deveria levar em consideração). Outros projetos foram aprovados também sem licitação, como a pesquisa milionária paga à Fundação Getúlio Vargas, que não se sabe para quê foi contratada.

Diante desse diagnóstico, claramente percebemos que o quadro não é de impossibilidade financeira, mas de ausência de vontade política e de compromisso com a população niteroiense. Portanto, a greve era legitimada pela população e confirmava os nossos ânimos a cada novo fato e novo conhecimento a respeito da gestão Jorge Roberto Silveira e Claudio Mendonça.

Ocupamos diversos espaços públicos da cidade, exigindo negociação imediata com o prefeito: a Fundação Municipal de Educação (FME), a Prefeitura da Cidade, a Receita Federal, e por fim a Câmara Municipal. Com a repercussão da greve, o prefeito se comprometeu em negociar pessoalmente com a categoria. Todavia, tal como se omitiu em inúmeros problemas do município, apresentou uma desculpa e mais uma vez não apareceu. Após diversas outras mesas de negociações com o mesmo teor, a Secretária de Educação Maria Inês Azevedo de Oliveira, se apresentou em seu lugar para dizer mais uma vez não às nossas reivindicações, contribuindo para fomentar nossa revolta e insatisfação com a gestão. Não restava outra alternativa se não aprovar a continuidade da greve – a Câmara Municipal foi ocupada após este episódio.

Com o passar do tempo, nossa greve atingiu uma amplitude inesperada. As denúncias constantemente feitas em nossas intervenções sobre o governo de Jorge Roberto Silveira e os apontamentos a respeito das ações dos vereadores da cidade e da gestão da FME e SME fizeram nossa greve ganhar um caráter político, de conscientização da população a respeito dos governantes e das eleições no próximo ano. Desta forma, tornamo-nos ainda mais indesejáveis, motivo pelo qual acreditamos ter forçado a inserção do deputado estadual Comte Bittencourt nas negociações, representando o prefeito e aceitando atender parte de nossas reivindicações, assinando um documento com o compromisso de:

· Para Plano de Parreira: aumento do percentual entre os níveis em mais 2,5% em 2012 e mais 2,5% em 2013, completando neste último ano 10% entre os níveis (por formação);

· “Abono funcional” para os servidores poderem atuar no Conselho de Representantes do SEPE-RJ (cada escola deve se organizar para liberar o profissional);

· Continuidade do estudo para valorização salarial dos profissionais da Educação (estudos do Plano de Carreira pela comissão criada pela prefeitura).


Esta greve conquistou mudanças no Plano de Carreira para 2013, fortaleceu o órgão representativo mais importante do SEPE e apontou uma pressão real nos estudos da Comissão de Revisão do Plano de Carreira em Niterói. Hoje já identificamos avanços em muitos aspectos do Plano a partir de nossas reivindicações, como triênio, 15% entre níveis e classes, adicional de formação continuada - 6% a cada 100h, podendo acumular até 40% ao final da vida funcional etc. Sabemos que será apenas com a organização de lutas e embates que garantiremos melhorias salariais e de condições de trabalho, arrancando tais vitórias dos governantes comprometidos com os interesses da minoria e os avanços já obtidos estão relacionados à nossa greve.

O SINDICALISMO MILITANTE entende que é por meio das lutas que conseguimos conquistar os nossos direitos e é preciso fortalecer um SEPE independente dos governantes e seus aparatos. É na força dessas lutas que aumentamos a organização e a combatividade da categoria, ampliando a defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade e nos conscientizando em buscar uma sociedade qualitativamente diferente do panorama atual.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eleições para Direção na rede municipal do Rio de Janeiro

Nesta semana, ocorrem as eleições nas escolas municipais para que sejam escolhidas as novas Direções. Certamente é uma conquista para a comunidade escolar e para os defensores da Escola Pública o poder de decisão sobre a gestão que dirigirá uma instituição. Diante de inúmeros problemas e desafios que estão colocados para os profissionais da Educação, cujas resoluções indubitavelmente não se encontram apenas sob nossa responsabilidade, é preciso que busquemos mecanismos e ferramentas para não apenas diagnosticarmos tais problemas e reclamarmos em salas de professores.

Nesse quadro, a Direção da Escola possui uma tarefa ímpar e precisa imprimir o pensamento coletivo discutido e decidido cotidianamente por sua comunidade. Precisamos, de uma maneira geral, na rede municipal, de diretores, professores, funcionários, estudantes eresponsáveis, que não apenas acatem as decisões unilaterais da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Educação, mas que questionem, se posicionem, critiquem e neguem quando for necessário, pois muitas vezes empunhar nãos pode instalar uma grande afirmação!

No atual cenário de crise econômica do capital, os governantes agem como verdadeiros representantes de uma pequena parcela da sociedade, garantindo a manutenção dos exorbitantes lucros de banqueiros, empresários, empreiteiros e latifundiários e arrochando salários e retirando direitos da classe trabalhadora, a que verdadeiramente produz as riquezas!

Em nosso caso (Educadores), tal realidade se expressa em quatro frentes principais: a) poucas verbas destinadas à Educação Pública com paralelas privatizações e terceirizações; b) arrocho salarial, com o poder de compra cada vez menor; c) intensificação do trabalho somada à retirada de direitos, com salas superlotadas e ataques à nossa Previdência; e d) culpabilização docente somada à aprovação automática mascarada, com a meritocracia usando avaliações gerais e índices e os projetos de aceleração dos estudos, onde o aluno supostamente aprenderia conteúdos de quatro anos de escolaridade em apenas um. Portanto, urge que essas temáticas sejam debatidas e construídas coletivamente nas escolas! E que utilizemos o instrumento da categoria de maneira comprometida com a defesa de nossos interesses, nos filiando ao e participando do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, o SEPE.

Uma gestão de Direção não pode cumprir apenas seu papel administrativo. Pode e deve debater e traçar um projeto político-pedagógico para a unidade escolar, que melhore a cada dia e enfrente os desafios que nos estão postos. Certamente, nós queremos mais e nós podemos mais! Ou seja, é pertinente que avancemos. Para isso, cabe ao conjunto da comunidade o envolvimento para transformarmos um quadro que parece caminhar ao caos para um quadro de boas condições que fortaleçam as ações políticas e pedagógicas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Resultado da rifa do livro "Botafogo, uma Paixão Além do Trivial"

Com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para garantir a produção de materiais importantes para as lutas em defesa da Educação Pública, o Movimento SINDICALISMO MILITANTE realizou a venda de rifas, a R$1,00 cada número. Registramos aqui nosso agradecimento a todos e todas que colaboraram nessa campanha financeira. Utilizamos a extração n. 04587 da Loteria Federal, cujo sorteio foi realizado no dia 10 de setembro de 2011. Valendo os 3 últimos dígitos do bilhete, eis o resultado:


1º: 527 (não disponibilizado)

2º: 050 (não vendido)

3º: 376 (não disponibilizado)

4º: 072 (não vendido)

5º: 198 (Professor Victor - Geografia - Colégio Municipal Botafogo)


Em breve realizaremos a entrega do prêmio (um exemplar do livro "Botafogo, uma Paixão Além do Trivial") e divulgaremos em nosso blog.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Próxima Quinta Assembleia em Macaé


Na próxima quinta-feira, 01 de setembro, ocorrerá a Assembleia Unificada das redes estadual e municipal de Macaé, a partir das 18h, no Colégio Estadual Matias Neto.

É hora de nos reorganizarmos para prosseguir as lutas que garantiram vitórias no 1º semestre, para que conquistemos um Plano de Cargos, Carreira e Vencimento digno e que efetivamente valorize a categoria!

Compareça! Participe! Opine!

E filie-se ao SEPE!

Mais informações: (21)9450-2472

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Educador@s de Niterói realizaram ato na Fundação Municipal de Educação

Ontem, após uma assembleia que aprovou a continuidade da greve dos professores e funcionários municipais em Niterói, foi realizado um Ato diante da Fundação Municipal de Educação, durante o qual @s educador@s venderam picolés, angariando recursos para o fundo de greve.

Após a chegada dos professores e funcionários, os mesmos tentaram entrar na sede da FME e foram impedidos pela Guarda Municipal. Daí os professores forçaram a entrada na mesma e foram recebidos em audiência pela subsecretária de Educação, que novamente respondeu NÃO às reivindicações.

Portanto,

A GREVE CONTINUA

PREFEITO, A CULPA É SUA!!!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Grevistas de Niterói ganham liminar contra o corte de ponto!

Dando continuidade ao Movimento iniciado no dia 1º de agosto, a GREVE NA REDE MUNICIPAL EM NITERÓI obteve vitória expressiva: a conquista da liminar que garante que o ponto dos grevistas não seja cortado. Vindos de um processo de construção iniciado no dia 29 de junho, quando os Profissionais da Educação desta rede decidiram que, devido à intransigência de Claudio Mendonça e Maria Inês em não abrir efetivamente negociação com a categoria, deflagrariam greve após o recesso de julho, os educadores não retornaram para sala de aula, mas para as ruas, denunciando a farra da verba pública realizada por Claudio Mendonça e seu grupo.


Hoje, devido à festa da privatização e do desvio da verba pública realizado na Fundação Municipal de Educação, podemos dizer com todas as letras que A FME QUEBROU! Estamos em agosto e já estão sendo anunciados aos poucos: primeiro para os coordenadores dos projetos, depois para os diretores de escolas, por polos, que já estão fazendo reuniões com os contratados e RET’s, pois estes serão cortados (sendo RET’s regime de admissão para aposentados que retornam para o trabalho com seu antigo salário ou para os que ainda estão na rede, significando o dobro do salário). Porém, esta denúncia tem sido feita há muito tempo pelo próprio SEPE e pelos trabalhadores que diziam que chagaríamos a momentos de corte, onde até o salário dos efetivos estaria em perigo. Portanto, estamos neste momento! A FME QUEBROU! Em agosto cortes já são realizados para que se chegue ao fim do ano!


Este é o momento de avançarmos na luta pelo nosso Plano de Carreira e agora mais que nunca para pôr fim à corrupção e exigir uma perspectiva para nossa carreira, a curto e longo prazos. É hora de avançarmos!


É importante ressaltar que os trabalhadores grevistas municipais de Niterói sempre acreditaram na força que tinham nesta luta, pois em momento algum recuaram, mas aplicaram todo seu ânimo em fazer crescer este movimento, realizando assembleias representativas e manifestações. No dia 04/08, após uma assembleia que aprovou a continuidade da greve, foi realizado um ato diante das Barcas, vendendo picolé para angariar recursos para o Fundo de Greve e denunciar o congelamento do nosso Plano de Carreira. Além disso, desde o dia 01/08 visitas às escolas têm sido realizadas com o objetivo de convencer nossos colegas sobre a importância de parar o trabalho, aderindo à greve e não cedendo às ameaças da FME, que muitas vezes impõe que as diretoras de escolas atuem como seus capatazes. Urge que todos estejamos na luta pela dignidade profissional. Nossa primeira vitória mostrou que vale a pena lutar. Agora, os que temiam o corte de ponto, não têm mais o que temer! Venceremos!


Vamos fortes em defesa de nosso Plano de Carreira!


Dignidade para quem educa já!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Greve e Passeata em Niterói


A professora Loíze Pessanha dialoga com a população durante a passeata.





Como aprovado na última assembleia da categoria, no dia 29 de junho, e confirmado no dia de ontem (01/08), às 8h no DCE-UFF, os Profissionais da Educação Municipal de Niterói deflagram a GREVE na Rede.



Numa assembleia representativa, com a presença de 27 escolas, inclusive de regiões comumente pouco presentes, foi aprovada pela maioria que a rede entra em luta contra Jorge Roberto Silveira, e seu representante na Educação, Claudio Mendonça.



Finalizada a assembleia, a Rede Municipal de Educação de Niterói, em unificação com a Rede Estadual de Educação, saiu em passeata pelas ruas da cidade, com palavra de ordem e falas que procuravam esclarecer a população sobre a realidade das escolas da rede. Realidade esta que muitas vezes permanece camuflada e restrita aos profissionais dentro das escolas. Denunciou-se o assédio moral que o governo tem imposto aos trabalhadores da educação, como carga horária excessiva para funcionários, que tem sua vida funcional reduzida por doenças causadas pelo estresse e excesso de trabalho; professores com diversas doenças, inclusive nas cordas vocais, que têm perdido tempo para o ‘pensar pedagógico’, pois ao longo dos anos foram retirados da escola diversos profissionais como os da sala de informática, de leitura, o articulador pedagógico etc; pedagogo que hoje exerce dupla função; cozinheiras que trabalham 40h e em escala industrial; e assim por diante. E isso se reflete numa precarização do ensino para os filhos da classe trabalhadora, pois, afinal, os filhos dos governantes estudam em escolas particulares pagas com os altos salários de seus pais, e não nas escolas que eles mesmos administram.



A passeata percorreu as ruas do Centro de Niterói, concentrando-se na frente da Prefeitura. Foi solicitada pelos profissionais em greve uma audiência com algum representante do governo para discutirmos a pauta da greve. Pasmos, os grevistas constataram que não havia ninguém do governo na casa, não havia ninguém que respondesse pela cidade de Niterói no momento da manifestação (como aconteceu na tragédia no Morro do Bumba, em que o prefeito demorou quatro dias para se pronunciar sobre o acontecido, pois não estava na cidade). Inicialmente, a Guarda Municipal não queria permitir nem a entrada da Comissão que tentaria uma reunião no prédio da Prefeitura. Após pressionar, sem confronto, paulatinamente os manifestantes ocuparam o saguão da prefeitura, arrancando uma audiência com a Secretária de Educação, Maria Inês, às 14h do mesmo dia (01/08). Com a garantia da reunião, dividimo-nos nas tarefas de visitar escolas para fortalecer a greve e nos encontrarmos com a secretária. Conforme prevíamos, nos recebeu para dizer, mais uma vez, que não vai atender às reivindicações da categoria.



A professora Loíze Pessanha, do SINDICALISMO MILITANTE, resumiu a situação: "Portanto, o governo nos força a permanecer em greve, pois não quer negociar! Nós não daremos nenhum passo atrás em nossa luta por dignidade profissional, melhoria na educação dos filhos da classe trabalhadora. Queremos e precisamos de uma sociedade qualitativamente diferente!"




Saudação de nosso Movimento aos/às grevistas de Niterói

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entidades de Educação Física manifestam apoio às Lutas no RJ

Entre os dias 17 e 24 de julho, ocorreu o XXXII Encontro Nacional de Estudantes de Educação Física, na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O Professor Gabriel Marques foi convidado pela Executiva para ministrar o Grupo de Trabalho Temático "Práticas Pedagógicas", tendo ainda participado do Ato Público que apresentou à população de Santa Maria as reivindicações estudantis como a defesa da Licenciatura Ampliada, da Regulamentação do Trabalho e da Educação Pública. A Plenária Final do Encontro aprovou a moção de apoio abaixo.

No início do Encontro, o Sindicalismo Militante repassou os informes das LUTAS no RJ:


Moção de Apoio à Luta dos Bombeiros e Profissionais da Educação do Rio de Janeiro

Em nosso país, acompanhamos práticas dos governos de cortes de verbas de importantes e essenciais áreas sociais assim como arrochos salariais, ao passo que empresários, empreiteiros, banqueiros e latifundiários expandem suas riquezas.

No Rio de Janeiro, o Governador Sérgio Cabral/PMDB seguiu à risca a cartilha neoliberal. Enquanto bilhões são investidos para adequar os espaços urbanos às exigências dos megaeventos esportivos, moradores são expulsos de suas residências e servidores como bombeiros e profissionais da educação recebem baixíssimos salários e possuem péssimas condições de trabalho.

Diante deste cenário, os estudantes de Educação Física reunidos no XXXII Encontro Nacional dos Estudantes de Educação Física (ENEEF) se posicionam pelo total apoio à Luta dos bombeiros, à Greve dos profissionais da Educação iniciada em 7 de junho, à ocupação da Rua da Ajuda e repudiam as práticas truculentas e irresponsáveis do Governo Sérgio Cabral, exigindo do mesmo melhores salários e dignidade aos trabalhadores.
Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física (ExNEEF)
Centro Acadêmico de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAEFD-UFRJ)
Diretório Acadêmico Carlos Campos Sobrinho da Universidade Federal de Juiz de Fora (DAFAEFID-UFJF)
Diretório Acadêmico de Educação Física da Universidade Estadual de Feira de Santana (DAEF-UEFS)
Centro Acadêmico de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (CAEFD-UFG)
Centro Acadêmico de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (CAEF-UFPR)
Diretório Acadêmico 26 de Junho da Universidade Federal do Espírito Santo (DAEF-UFES)


Durante o Ato Público, estudantes deram o seu apoio, entoando: "A GREVE CONTINUA! CABRAL, A CULPA É SUA!"

sábado, 9 de julho de 2011

Professores C de Macaé: NÃO ALTEREM A CARGA HORÁRIA

Na última semana, a Secretaria Municipal de Educação de Macaé enviou para as Unidades Escolares o "Termo de Opção Pela Alteração da Carga Horária", termo este que possibilita aos professores C "em caráter irrevogável e irretratável" a mudança do regime de 16h para a "carga horária de 20 (vinte) horas", de acordo com o "parágrafo único do art. 3º da Lei Complementar Municipal nº 173/2011".


Primeiramente, é importante destacar que a equiparação salarial garantida no mês de junho, já paga ao corpo docente em folha suplementar e incorporada normalmente no próximo salário, se soma às vitórias do movimento dos Profissionais da Educação que ganhou grande fôlego em 2011! Como é uma correção de distorção histórica, é preciso prosseguirmos nas lutas para o aumento real, que não acontece há sete anos!


Como a carga horária docente é diferenciada, nossa equiparação salarial aos demais servidores com o Ensino Superior como exigência mínima para o cargo aconteceu de forma relativa! Para que ela ocorra de forma absoluta, a Prefeitura teve a "brilhante ideia" de propor o aumento da carga horária. Tal proposta se configura numa grande armadilha para a categoria e nossa orientação é para que NENHUM PROFISSIONAL OPTE PELA ALTERAÇÃO!


Por que apresentamos essa posição!?


1 - Segundo palavras do próprio Secretário Guto Garcia (no Fórum Municipal de Educação), o regime de 20h será organizado da seguinte maneira: 15 horas em sala (18 tempos ou 18 horas-aula de 50 minutos). A quantidade de dezoito tempos é o mínimo múltiplo comum entre 2, 3 e 6, que são as quantidades de tempos das respectivas disciplinas do segundo segmento do Ensino Fundamental.


No regime de 16h, são 12 tempos ou 12 horas-aula e 4h para planejamento. Na prática, a adesão à carga horária de 20 horas, aumenta em 50% a carga de trabalho do professor C. Docentes de Educação Física, Educação Artística e Língua Inglesa passariam a assumir mais três turmas; de História, Geografia e Ciências, mais duas turmas; de Português e Matemática, mais uma. Em contrapartida, o vencimento básico do professor C de 16 horas é de R$1894,25; e o de 20 horas, R$2251,56. Com isso, o professor aumenta em 50% a quantidade de trabalho, enquanto seu salário aumenta em menos de 19%! É SOBRECARGA DE TRABALHO! É AUMENTO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE!


2 - Após realizarmos quatro paralisações com manifestações nas ruas de Macaé, construídas de maneira coletiva, o governo propõe um sistema de adesão que funciona individualmente. Repudiamos tal prática governista, alinhada com a exacerbação da lógica individualista presente na sociedade, lógica esta que precisamos superar e romper. É óbvio que defendemos que os profissionais da Educação recebam salários melhores. Todavia, isso precisa acontecer não devido ao aumento da carga de trabalho, mas por meio das lutas que a categoria desenvolve, em um município riquíssimo, que possue tranquilas condições de aumentar os salários dos servidores (o superavit de Macaé no ano passado ultrapassou a quantia de R$200 milhões!).


3 - Caso algum(a) professor(a) opte pelas 20 horas, isso auxiliará a Prefeitura em suas tentativas - muitas delas frustradas nos últimos meses - de fragmentar a categoria. No momento de negociações, dependendo da correlação de forças, podem ser oferecidas propostas diferenciadas - situação que já existe pelos diversos cargos existentes - de reajuste ou aumento salarial para as diferentes cargas horárias. Caso ocorra uma adesão grande, inclusive o governo fica mais fortalecido para impor a nova carga horária nos próximos concursos.


4 - Por fim, a adesão à carga horária de 20 horas força uma desunião entre os professores, situação que beneficia os governantes. Há o perigo de jogarem professores contra os próprios professores! Como!? Numa Unidade Escolar com x turmas, que não possui salas suficientes para aumentar a quantidade de turmas, os professores da nova carga horária, dependendo dos critérios estabelecidos, passariam a assumir mais turmas. Diante desse quadro, a outros(as) professores(as), que hoje trabalham na mesma Unidade Escolar, não restariam turmas suficientes para completar sua carga horária, precisando completar a carga horária em outra localidade, que pode inclusive ter outro(a) professor(a) com a nova carga horária e outro(a) professor(a) buscando local para completar sua carga horária diante da perda de turma(s) na escola onde está lotado(a). Está formado o ciclo de desunião e disputas pelos critérios para saber quem terá prioridade: mais antigos x mais novos; maior titulação x menor titulação...!?


A Secretaria de Educação certamente vai jogar sobre as costas do professor a responsabilidade por buscar e encontrar tempos em escolas para que cumpra toda sua jornada de trabalho, situação que já ocorre na rede estadual e em outras redes municipais.


NOSSO ADVERSÁRIO É O GOVERNO, que privilegia empreiteiros, banqueiros e empresários. TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO precisam caminhar lado a lado!!!


Por fim, o Movimento SINDICALISMO MILITANTE apela aos professores C que divulguem essas questões, conversem com os(as) colegas propensos(as) a aceitar a mudança e orienta a categoria para que NENHUM PROFESSOR C ALTERE A CARGA HORÁRIA!

Fortalecendo a GREVE em Niterói

Nos dia 29 de junho, às 9h, no DCE-UFF, foi deliberada em Assembléia pela categoria dos Profissionais da Educação de Niterói, a deflagração da GREVE na rede, tendo seu início no dia 1º de agosto. Em conjunto com esta deliberação, foi aprovado um calendário de luta e construção da greve com paralisação nos dias 06 e 07, na primeira semana de julho, e 12 e 13 na segunda semana, antes do recesso, para o não retorno no segundo semestre.


Nesta semana, nos dias 06 e 07, a professora Loíze Pessanha, do Sindicalismo Militante, se incorporou ao Comando de Greve, realizando nos dois dias, visitas em escolas, para construir e fortalecer, junto com seus companheiros, o movimento grevista. No dia 06, foram visitadas 6 escolas e no dia 07, 5 escolas. Houve diálogo com merendeiras, serventes, professoras(es), diretoras e pedagogas, além de reuniões com os pais em duas escolas: E. M. Altivo César e E. M. Maria Angela Moreira Pinto.


A partir destas visitas, pode-se sentir que o movimento cresve, muitas pessoas demonstrando sua insatisfação com a desvalorização profissional que a categoria tem sentido em Niterói: merendeiras sofrendo no interior das cozinhas - que de tanto trabalhar de maneira inadequada possuem sua vida útil reduzida a menos de dez anos, sendo muitas delas readaptadas com 6 ou 7 anos de trabalho; professoras que adoecem com Síndrome de Burnout, cordas vocais com calos e outras doenças, enfrentando sozinhas em sala de aula - devido ao número reduzido de funcionários nas escolas e a alunos desrespeitosos, sendo muitas vezes ameaçadas por estes; serventes sendo responsáveis por limpar escolas imensas de 3 ou 4 andares, sozinhas(os) em seus turnos, dentre muitas outras denúncias. Este foi o teor das discussões realizadas nas passadas. E, nas próprias visitas, a professora Loíze presenciou merendeiras cortando, sem parar, fígado em bacias inteiras, mesmo enquanto dialogava com as mesmas; presenciou também, uma merendeira transportando, com um companheiro, uma panela de arroz, de um metro etc. Esses profissionais são cozinheiros, não merendeiros, têm direito a melhores salários e carga horária reduzida sim!


A realidade nas escolas não está escondida, está lá para quem quiser ver. Estava lá também a insatistafação expressa nos olhos e palavras de nossos companheiro e companheiras. E o trabalho realizado nas passadas foi alimentar a fé nas conquistas que este movimento pode arrancar dos governos, pois eram sempre lembrados que foi a greve de 2000 que arrancou o plano de carreira da categoria, pois nem isso tínhamos (hoje em Niterói, somente as áreas da Saúde, Educação e Artes têm Planos de Carreira); em 2005, o piso salarial dos professores era de R$ 525,00; hoje, graças à greve ocorrida neste ano e os 15% (Data-Base + 8,7%) conquistados por nós, nosso Piso é de R$ 1.004,28 para professor de séries iniciais, e R$ 1406,00, para professor especialista. E ainda é insuficiente!


A professora Loíze explica: “Claro que percebemos também, em alguns, algum sentimento de medo em participar do Movimento, sentimento este relacionado, principalmente, ao corte de ponto, mas podemos sempre contar ao nosso favor as vitórias recentes do Movimento dos Trabalhadores da Educação. Lembramos sempre em nosso diálogo que os trabalhadores grevistas de Caxias, Nova Iguaçu, Santa Catarina, e agora, a Rede Estadual, conseguiram a legalidade de sua greve e a liminar para que os grevistas não sofram cortes de ponto. Contar com as vitórias recentes do Movimento traz um novo fôlego ao debate e maior confiança na luta”.


Desta forma, o Movimento em Niterói continua, na construção da Greve. Na próxima semana, nos dias 12 e 13, as visitas continuam.


Construindo a greve em Niterói!
Pela valorização dos Profissionais de Educação!
Sem corte de ponto, pois lutar é um direito!

terça-feira, 5 de julho de 2011

GREVE na rede de Niterói

No dia 28 de junho, como anunciado pelo SEPE-Niterói, foi realizada uma aula pública diante da Fundação Municipal de Educação (FME), na Praça São João, local onde ocorria a Audiência Pública para discussão do Plano de Carreira do funcionalismo da Educação de Niterói. Tal Audiência foi um “sucesso” para o governo claramente explorador e parasitário como o de Jorge Roberto Silveira, expresso na Educação pelo presidente da FME, Cláudio Mendonça.


NENHUMA das reivindicações da categoria foi atendida. Triênio, 15% entre os níveis e 30h para os funcionários, principais exigências da categoria expressas na sua Campanha salarial 2011, foram tratadas com ironia por parte do governo: Segundo a Secretária Municipal de Educação Maria Inês, “enquanto o SEPE fala que as merendeiras ficam 40h em pé numa cozinha, quando visito as escolas vejo que elas ficam sentadas conversando e almoçando”.


Questionamos à Secretária sobre a qual rede ela se refere, pois a Rede de Niterói é aquela que é capaz de expor tanto seus funcionários, que uma de nossas cozinheiras chegou a desmaiar na cozinha com 220 mmHg de pressão arterial máxima, e permanecer internada por um tempo, por excesso de trabalho e estresse. Essa é a realidade das cozinhas das escolas desta Rede, onde trabalham nossas cozinheiras! Devemos dizer cozinheiras e não “merendeiras”, pois quem é merendeira não trabalha em escala industrial, fazendo refeições, não merendas, para 200 ou 300 crianças por dia. As 30h para os funcionários são o começo das reivindicações para aqueles que ganhavam o mínimo de R$564,84 e o máximo de R$720,89, e hoje com o “grande” reajuste de 15% (conquistados pela categoria) passarão a ganhar o mínimo de R$649,57 e o máximo de R$829,03. É VERGONHOSO!


Portanto, insistimos que é o governo que nos obriga a optar pela GREVE, já que o mesmo não realiza diálogo, não respeita seus servidores ao recebê-los, “argumentando” que nossas reivindicações partem de invenções e fantasias criadas por nós e não de fatos retirados da realidade cotidiana das escolas.


A professora Loíze Pessanha explicitou: “Sou professora da Escola Municipal Padre Leonel Franca, em Santa Rosa, e posso afirmar que a cozinheira da parte da manhã, responsável por fazer o almoço dos dois turnos, não para desde o momento em que chega, às 6h da manhã – quando não antes – até a sua saída: sempre de pé, cortando quilos e quilos de carne, carregando panelas imensas da cozinha para o refeitório e temendo entrar em greve diante das ameaças de corte de ponto feitas pelos governantes, já que seu “salário já é pouco e ficar sem ele seria impossível”. O detalhe é que há somente “uma” cozinheira na parte da manhã, obrigando a direção a realocar a funcionária da CLINN (agora privatizada por Jorge Roberto Silveira) para ajudá-la, deixando a área da limpeza com deficiências reais, expressas no cotidiano das aulas. Essa é a realidade, não fantasia, em minha escola! Sem contar, é claro, que as professoras, maioria Professor I em minha escola, ganhavam R$873,29, no começo de carreira, e somente depois de 20 anos passariam a ganhar pouco mais de R$1.000,00 – mais precisamente R$1114,56. Agora, com o “reajuste”, ganham o mínimo de R$1004,28, e o máximo de R$1281,75. Como aceitar isso?”


No dia 29 de junho, em Assembleia realizada no DCE-UFF, foi deliberada a GREVE DA REDE MUNICIPAL EDUCAÇÃO DE NITERÓI, com calendário de construção da Greve para as primeiras duas semanas do próximo mês, focando a mobilização para que, findadas as férias de julho, não retornemos às aulas, mas entremos o segundo semestre EM GREVE, até que sejamos ouvidos e respondidos.


Dignidade para quem Educa!
Sem corte de ponto, pois lutar é um direito!


Calendário de luta:


06/07 – REUNIÃO NAS ESCOLAS COM ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES DO SEPE POR UNIDADE ESCOLAR


07/07 – REUNIÃO COM A COMUNIDADE ESCOLAR


12 E 13/7 – ASSEMBLEIAS POR PÓLOS COM ATOS NAS PROXIMIDADES DAS ESCOLAS


01/08 – ASSEMBLEIA ÀS 8h, NO DCE, SEGUIDA DE PASSEATA

domingo, 26 de junho de 2011

Caminhada no Aterro reúne milhares neste Domingo e próximas atividades






Numa ensolarada manhã de Domingo, o dia 26 de junho reuniu milhares de manifestantes para o ato unificado dos servidores estaduais do Rio de Janeiro. Profissionais da Educação, bombeiros, policiais, profissionais da saúde e demais servidores realizaram uma caminhada pelo Aterro do Flamengo, protestando contra a política de arrocho salarial e precarização dos serviços públicos, implementada pelo Governador Sérgio Cabral.

Nesta segunda-feira, a partir das 14h, os profissionais da Educação realizarão um protesto virtual. Por meio do microblog Twitter, será realizado um twittaço em defesa da Educação Pública, em greve no Estado do Rio de Janeiro desde o dia 7 de junho! Portanto, o SINDICALISMO MILITANTE solicita que todos os usuários do twitter escrevam textos de apoio à luta dos profissionais da Educação, contendo a expressão #SOSEDUCAÇÃO.

Na sequência do calendário de lutas, realizaremos nova manifestação de rua, na terça-feira 28 de junho, a partir das 12h, na Candelária. Haverá uma passeata até o Tribunal de Justiça do Rio, onde a 3a. Vara da Justiça da Fazenda Pública analisará o pedido de liminar do SEPE contra o corte de ponto dos profissionais da Educação que se encontram em GREVE.

Na quarta-feira 29/06, a partir das 14h, a categoria fará nova avaliação da greve, para deliberar os rumos do movimento, em Assembleia no Club Municipal. Em nossa avaliação, diante da "resposta" do Governo - esperar até o dia 15 de julho - é necessária a continuidade da greve e da pressão para garantirmos as nossas conquistas. Aguardar duas semanas seria diminuir o poder da luta que tem crescido, pois entraremos nas férias de meio de ano!

Enquanto a categoria discute os rumos do movimento, quarta-feira a rede estadual do Rio de Janeiro executará o maior boicote ao Sistema de Avaliação do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ)! O SINDICALISMO MILITANTE ratifica a importância de boicotarmos significativamente o SAERJinho, a ser aplicado no dia 29 de junho. Os estudantes dos colégios estaduais também podem e devem se somar a essa luta, deixando de fazer a prova! O Secretário de Educação, produtivista e meritocrático, já está bastante preocupado com a adesão ao boicote...

Sigamos firmes em defesa de melhores salários e condições de trabalho para os profissionais da Educação! Defendamos a Educação Pública, Gratuita e de Qualidade! Só a Luta muda a Vida!

Indicativo de GREVE em Macaé


Na última terça-feira, 21 de junho, profissionais da Educação de Macaé paralisaram suas atividades pela quarta vez no ano de 2011. Cerca de 350 manifestantes participaram de passeata até a sede da Prefeitura. Após desmarcar o encontro no Domingo e remarcar na segunda-feira, o Prefeito Riverton Mussi/PMDB cancelou sua viagem para garantir o encontro com a Comissão de Negociação, atividade agendada na paralisação da quinta-feira anterior, 16 de junho.


Além do Prefeito, estiveram presentes na reunião o Secretário de Educação, a Secretária de Administração, procuradores da Prefeitura e da SEMED, dois vereadores governistas e um oposicionista. Pelo movimento, além dos diretores do SEPE, representantes eleitos pela categoria participaram da reunião. Antes da passeata, os profissionais da Educação, que defendem o piso de cinco salários mínimos para o corpo docente e de 3,5 salários mínimos para funcionários, votaram pela defesa de um reajuste emergencial de 30% para toda a categoria, com o objetivo de apresentar como uma proposta à Prefeitura.


Riverton Mussi respondeu à categoria que "não é possível qualquer reajuste no momento", alegando seus compromissos com o superavit no orçamento e com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Apesar da arrecadação bilionária e da divulgação da "Educação como maior riqueza de Macaé", a contra-proposta do governo foi 0% para a categoria, que há sete anos (quase dois mandatos de Riverton) não recebe um aumento real! O Secretário de Educação Guto Garcia se manifestava apenas para informar que "Macaé paga o melhor salário do Estado do Rio de Janeiro. Eu desafio aqui quem vai mostrar um município que paga melhor". Para os governantes, a equiparação salarial já deliberada neste mês; e o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que deverá entrar em vigor em janeiro de 2012, aumentam os gastos do município e equivalem a melhorias salariais para os profissionais da Educação. Inicialmente "disposto a lançar falta para todos que paralisaram nos dias 16 e 21 de junho" e afirmando "que nenhum santo o faria mudar de ideia", o Prefeito concedeu o abono das paralisações, sem desconto salarial, fornecendo autonomia para que as escolas organizem as melhores maneiras de repor os conteúdos dos dias paralisados. Tentando pressionar a categoria, o Prefeito informou que "não senta mais para negociar caso haja nova paralisação". Riverton ainda expressou o compromisso de garantir "o ensino superior de todos os professores A que ainda não possuem esse grau de escolaridade", além dos concursos públicos para acabar com os contratos e as terceirizações!


Gabriel Marques, um dos professores da Comissão de Negociação, comentou algumas questões:


"Primeiro, é importante ressaltarmos o crescimento da adesão às paralisações e o sentimento de que só por meio da Luta podemos conseguir melhorias salariais e de condições de trabalho, situações nunca antes vistas no município de Macaé! Nas duas últimas paralisações, a escola onde eu trabalho - C. M. Botafogo - teve 100% de adesão por parte dos professores!


Em segundo lugar, o movimento coeso e unido garante vitórias, como o abono sem desconto salarial das duas últimas paralisações. O Prefeito quer nos coagir dizendo que não negociará mais se fizermos nova paralisação... Ora, que negociação é essa em que ele nos recebe para dizer que não pode oferecer NADA!? Além disso, ele comentou que não senta na mesma mesa para negociar no caso de nova paralisação! Ou seja, omitiu a provável situação de GREVE, que é um instrumento legítimo e de luta dos trabalhadores!


Terceiro: o secretário de Educação se exalta ao falar do melhor salário do Rio, pago por Macaé. Todavia, precisamos esclarecer também que Macaé possui a passagem mais cara do Rio de Janeiro (para um transporte de péssima qualidade!), que Macaé possui uma das redes hoteleiras mais caras, que o preço do aluguel está altíssimo etc. E que, mesmo com o valor absoluto, as perdas salariais são evidentes nos últimos sete anos!


Quarto: Riverton e Guto Garcia pedem que aguardemos até janeiro, pois os professores A com Ensino Superior terão seus vencimentos equiparados aos dos professores C. Além disso, mesmo dizendo que não foi aumento real, usam os percentuais da equiparação salarial recentemente aprovada. Ora, se a Prefeitura reconheceu que havia uma distorção histórica, por que então não paga o valor retroativo referente a esse equívoco? Ou por que não usa esse valor economizado durante anos para garantir o reajuste emergencial reivindicado pelo movimento? Além do mais, com o novo PCCV vigorando, os profissionais do magistério que tiverem seus vencimentos aumentados, o terão devido às progressões vertical e horizontal, não devido a aumentos reais fornecidos pela Prefeitura!


Quinto: é preciso também que haja um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos para o corpo de funcionários da Educação, cujo trabalho no cotidiano é essencial para as melhorias de nossas escolas e da Educação como um todo!


Sexto: a política de arrocho salarial e falta de investimento na Educação Pública realizada pela Prefeitura de Macaé vai ao encontro das propostas dos governos estadual de Sérgio Cabral/PMDB e de Dilma Rousseff/PT. Precisamos unificar nossas lutas nacionalmente, defendendo os 10% do PIB para a Educação! Reformas nas escolas; diminuição da quantidade de alunos por professor; mais recursos para compra de materiais essenciais ao cotidiano escolar; aulas com professores de Educação Física, Educação Artística e Língua Estrangeira no primeiro segmento do Ensino Fundamental; reforma e cobertura das quadras etc., também são nossas reivindicações para a melhoria da Educação Pública em Macaé!"


Na próxima quinta-feira, 30 de junho, a partir das 17h, ocorrerá a próxima Assembleia dos Profissionais da Educação de Macaé, no Colégio Estadual Matias Neto, com indicativo de GREVE.


Veja algumas fotos das atividades de 21 de junho:

















sábado, 25 de junho de 2011

É o momento de avançarmos nas Lutas em Niterói

Desde o início das atividades em 2011, impulsionando a Campanha Salarial deste ano, os profissionais da Educação da Rede Municipal de Niterói estão mobilizados, realizando paralisações de 24 e 48 horas como formas de pressionar o prefeito Jorge Roberto Silveira e o Presidente da Fundação Municipal de Niterói, Cláudio Mendonça, para que negociem com a categoria.

Algumas Audiências Públicas foram marcadas e realizadas. Todavia, o discurso se repetia: "Vamos fazer o estudo de impacto na folha!", "Nós estamos do lado de vocês sim, mas a negociação é assim mesmo!". Sobretudo, tiveram a cara de pau de dizer que a "pastinha" com as pautas de reivindicação enviada pelo SEPE-Niterói estava cheia, e que as reivindicações eram sempre as mesmas... Obviamente, já que nenhuma delas foi atendida! Para piorar, os problemas foram agravados diante do crescimento da rede a partir da municipalização do Ensino Fundamental na cidade.

No mês de junho, foi aprovado pela Câmara dos Vereadores um aumento – na verdade, REAJUSTE – de 15% no vencimento dos professores (pois nossa defasagem era de 26%). Em nossa avaliação, o governo acenou com essa proposta já visando aos seus interesses eleitorais, pois em 2012 ocorrem as eleições municipais. Uma greve agora não seria favorável, muito menos com o clima de mobilização instaurado no Estado do Rio de Janeiro, com a mobilização dos Bombeiros, Profissionais da Educação e demais servidores Estaduais assim com em diversos outros municípios, além de um movimento nacional de mobilização de diversas categorias. Outro elemento importante é o massivo apoio da população, que também tem ido às ruas, mobilização que não acompanhávamos há mais de uma década no Estado do Rio de Janeiro. Este clima tem preocupado os governantes, principalmente os que apoiam os governos de Sérgio Cabral/PMDB e Dilma/PT, pois estão sendo desmascaradas suas políticas de arrocho salarial e suas práticas de truculência. Diante de sua exposição, a insatisfação do povo se expressa com maior força nas ruas.

Nos dias 15 e 22 de junho, foram realizadas assembleias por polos na rede. A categoria deliberou para os dias 28 e 29 uma GREVE DE ADVERTÊNCIA, para aumentar a pressão sobre o governo de Jorge Roberto Silveira, exigindo uma negociação e não somente mais um encontro sem resultados.

No dia 28, será negociado, às 16h, nosso Plano de Carreira, quando realizaremos uma Aula Pública, que se iniciará às 15h. Lá permaneceremos até o fim das negociações. No dia 29, faremos nossa assembleia às 9h, na sede do DCE-UFF, para decidirmos os rumos da luta, de acordo com os resultados das negociações.

Segundo a professora Loíze Pessanha, "este é o momento de avançarmos! Se já foram aprovados 15%, devemos lutar pelo reajuste total de 26% e por um aumento real! Se o governo teme uma greve, devemos pressionar e conquistar um Plano de Carreira que valorize os Profissionais da Educação, com triênio, 15% entre os níveis e 30h para funcionários etc. É nosso direito ser valorizado de acordo com a importância de nosso trabalho enquanto Educadores. Prosseguiremos firmes na Luta por uma Educação pública, gratuita (paga pela sociedade) e de qualidade, sem assédio moral e com melhores condições de trabalho!".

terça-feira, 21 de junho de 2011

E a greve prossegue na rede estadual...

Ontem, em Assembleia novamente lotada, no Club Municipal, os profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro deliberaram, acertadamente, pela continuidade da greve, iniciada em 7 de junho. A próxima Assembleia ocorrerá também no Club Municipal, na quarta-feira, a partir das 14h.


Todavia, antes da decisão, há um importante calendário a ser fortalecido por meio de uma ampla participação da categoria e do apoio da população fluminense. Similar ao apoio às lutas dos bombeiros, quando a população colocou fitas, panos e camisas vermelhas, a Educação estadual solicita que vistamos preto e coloquemos fitas nos carros e panos nas janelas com a cor que simboliza o luto.


Nós, do SINDICALISMO MILITANTE, consideramos essencial a divulgação das atividades da greve, bem como que realizemos amplos esforços para fortalecer a greve enquanto instrumento de luta da classe trabalhadora. Diante da opção do Governo Sérgio Cabral, que não negocia com a categoria e pretende reprimir, cortando o ponto dos profissionais que aderiram à greve, é preciso uma adesão ainda maior como resposta. Segundo informes do SEPE, "no dia 28, a 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio irá analisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado. Todas as partes foram convocadas para a audiência, incluindo o sindicato, governo do estado e Ministério Público. Neste dia, os profissionais de educação vão realizar uma passeata da Candelária até o Fórum, a partir das 12h – a categoria pretende abraçar o TJ, representando a esperança que a Justiça reconheça a justeza da greve."


Além desta atividade na terça-feira, hoje serão realizadas panfletagens e atos em diversas regiões; amanhã (quarta, 22/06), ocorrerá uma vigília em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) a partir das 14h, quando o Secretário Sérgio Ruy receberá uma comissão do sindicato e de parlamentares; também amanhã, a partir das 18h, o ato-show "SOS EDUCAÇÃO" acontecerá na Praça XV.


Por fim, é importantíssimo que no próximo Domingo, 26 de junho, lotemos o Aterro do Flamengo, a partir das 10h. Será realizada uma caminhada, unificando profissionais da Educação, bombeiros e demais categorias de servidores estaduais. A concentração será em frente ao Castelinho do Flamengo e a orientação é para que professores e funcionários vistam-se de preto.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Associação Nacional dos Torcedores apoia as lutas dos trabalhadores no Rio de Janeiro

Confira a nota publicada pela Associação Nacional dos Torcedores - Rio de Janeiro:

http://antrj.wordpress.com/2011/06/20/nota-de-apoio-as-lutas-no-rj/

Nas últimas semanas, importantes lutas da classe trabalhadora têm ocorrido no Estado do Rio de Janeiro. Acompanhamos os governantes cortarem verbas de serviços públicos essenciais à população – como a Saúde e a Educação - e destinarem milhões de reais que beneficiam empresários e empreiteiras – com as reformas para preparar o Estado para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, elitizando nosso gigante Maracanã e expulsando famílias de suas residências. Diante dessa opção, o Governador Sérgio Cabral/PMDB realiza uma política de arrocho salarial sobre os servidores estaduais, assim como de precarização das condições de trabalho.

A corporação dos bombeiros e os profissionais da Educação encontram-se numa luta importante por melhorias salariais e das condições de trabalho, enfrentando, desta maneira, o governo truculento e burguês de Sérgio Cabral. Nesse cenário, a Associação Nacional dos Torcedores do Rio de Janeiro (ANT-RJ) manifesta seu apoio às mobilizações, posicionando-se pela anistia criminal e administrativa dos 439 heróis presos politicamente a mando do Governador; pelo aumento salarial dos servidores estaduais; contra a privatização e as terceirizações, pelo aumento dos investimentos públicos nos serviços básicos de atendimento à população como a Saúde e a Educação; em defesa da greve como instrumento legítimo e de luta dos trabalhadores; contra o governo estadual do Rio de Janeiro, por seu caráter opressor e truculento.

Macaé vai parar amanhã!







Na Assembleia da última quinta-feira, os profissionais da Educação de Macaé deliberaram pela paralisação de 24h amanhã, terça-feira 21 de junho!





Infelizmente, o SEPE-Macaé recebeu ontem (Domingo) um comunicado da Secretaria de Educação (SEMED) informando que, em virtude de uma viagem do Prefeito Riverton Mussi ao Distrito Federal, o encontro com a Comissão de Negociação foi remarcado para a terça-feira 28 de junho, às 17h.


Hoje à tarde (segunda-feira) novo comunicado foi enviado: a data inicial da reunião da comissão de negociação voltou a valer! Portanto, após o ato, seremos recebidos pela Prefeitura!


Nossa Assembleia às 15h está mantida, na Praça Veríssimo de Melo, com manifestação em seguida!



O SINDICALISMO MILITANTE convoca o conjunto da categoria para aderir à paralisação e participar da Assembleia e da manifestação! Estamos em estado de GREVE! É preciso debatermos com muita qualidade e otimismo o momento que vivemos na Educação em Macaé, preparando a GREVE como instrumento de luta para pressionar a Prefeitura a negociar e atender às demandas para aumento salarial e melhoria da qualidade da Educação Pública!

domingo, 19 de junho de 2011

Profissionais da Educação e estudantes ocupam as ruas de Macaé



Somando-se às lutas da rede estadual, em greve, os profissionais da Educação da rede municipal de Macaé deliberaram pela paralisação de 24h na última quinta-feira, 16 de junho. Cerca de 70% dos profissionais aderiram à paralisação, realizando ainda uma manifestação unificada das redes, iniciada às 10h na Praça Veríssimo de Melo, que percorreu as ruas do Centro da cidade até chegar à sede da Prefeitura. Aproximadamente 600 educadores e estudantes participaram da passeata.






Como o prefeito Riverton Mussi/PMDB não estava presente, por telefone solicitou aos procuradores que recebessem uma comissão para dialogar. Em Assembleia, os presentes indicaram três diretores do SEPE, dois professores A, dois professores C, uma auxiliar de serviços escolares, uma mãe de aluno e um estudante. A comissão apresentou os principais pontos da pauta de reivindicações e um clima cordial estava estabelecido, até a chegada do Secretário de Educação Guto Garcia, que se portou de maneira truculenta, chegando a afirmar precipitadamente que a Prefeitura não abonaria a falta dos profissionais em paralisação e que "a escola é a 'cara' da diretora; se está em más condições, é porque a diretora não está correndo atrás". Como o diálogo com a Procuradoria foi introdutório e diante da pressão realizada na terceira paralisação com manifestação de rua no ano, o Prefeito se comprometeu a receber a mesma comissão na próxima terça-feira, 21 de junho, às 17h, para que prossigam as negociações.




A categoria deliberou nova paralisação de 24h para terça-feira. Será realizada uma Assembleia às 15h na Praça Veríssimo de Melo, de onde sairá nova passeata até a Prefeitura.




O SINDICALISMO MILITANTE esteve presente na manifestação, distribuindo seu panfleto, realizando intervenções e puxando palavras de ordem durante a passeata. Após o ato, realizamos passadas em três escolas, deixando cartazes informando a paralisação e dialogando com os educadores acerca da importância de uma adesão forte para obtermos mais conquistas e melhorias para a Educação Pública em Macaé. O Professor Gabriel, do Colégio Municipal Botafogo, é um dos representantes na comissão e ratificou a posição do movimento: "apenas a nossa Luta pode transformar em realidade o slogan que aponta a Educação como a maior riqueza de Macaé. Mantendo a mobilização, pressionaremos a Prefeitura para que inicie o atendimento dos 21 pontos de nossa pauta. Até agora obtivemos avanços significativos, como a incorporação da regência e a equiparação salarial, mas efetivamente nenhum ponto da pauta foi atendido. O momento é ótimo no município, pois a Educação nunca tinha levado centenas de pessoas às ruas e esse ano foi a terceira atividade, que contou com o maciço apoio da população, que buzinava nos carros e aplaudia ao ver a passeata".




Aproveitamos a oportunidade para que os professores C prestem muita atenção na proposta da Prefeitura de "nos fornecer a opção de trocar a carga horária das 16h para 20h semanais". Hoje, quem possui a carga de 16h, leciona 12 tempos por semana (12 horas-aula); trocando para 20h, lecionará 18 tempos, pois serão 15h em sala (18 horas-aula) e as 5h restantes para planejamento, segundo explicações do Secretário de Educação durante o Fórum Municipal de Educação, no dia 15 de junho. Haverá, portanto, um aumento de 50% da carga de trabalho, enquanto a diferença salarial não chega a 25%! "Os professores de Português e Matemática passam a ter três turmas em vez de duas; os de História, Ciências e Geografia passam a seis em vez de quatro; e os de Educação Física, Educação Artística e Língua Inglesa, nove turmas em vez das seis atuais. Além da sobrecarga de trabalho, as adesões individuais à nova carga horária dividem a categoria, pois haveria duas cargas horárias diferentes para o mesmo cargo e professores antigos pegariam mais turmas na escola, possivelmente faltando turmas para os professores novos, que seriam forçados a buscar tempos em outras unidades escolares! Portanto, fica nosso apelo para que NENHUM PROFISSIONAL ACEITE A MUDANÇA DA CARGA HORÁRIA!", explicou o Professor Gabriel.






PRÓXIMA TERÇA-FEIRA 21 DE JUNHO


PARALISAÇÃO DE 24H



ÀS 15H - ASSEMBLEIA NA PRAÇA VERÍSSIMO DE MELO



PASSEATA ATÉ A PREFEITURA



17H - REUNIÃO DA COMISSÃO COM O PREFEITO RIVERTON MUSSI






Confira algumas fotos da manifestação:

























quarta-feira, 15 de junho de 2011

SÓ A LUTA FARÁ COM QUE EDUCAÇÃO SEJA A MAIOR RIQUEZA DE MACAÉ!

Eis nosso panfleto para distribuirmos na manifestação que acontecerá amanhã na rede municipal de Macaé, a partir das 10h, na Praça Veríssimo de Melo. Os profissionais da Educação da rede municipal paralisam suas atividades e realizam ato unificado com os profissionais em greve da rede estadual!


Alardeada como "a capital nacional do petróleo", a cidade de Macaé cresce diariamente, recebendo novas empresas, expandindo sua rede hoteleira e aumentando a especulação imobiliária. Este crescimento é, no entanto, para poucos. A arrecadação municipal cresce com os impostos e os royalties do petróleo, mas a população macaense sofre com a falta de investimentos públicos na Saúde, no Lazer e na Educação.

Para a Educação, a exigência é a construção de novas escolas, a reforma de boa parte das 109 existentes e a diminuição da quantidade de alunos por professor. Melhores intervenções pedagógicas exigem ainda a realização de concursos públicos para merendeiras, inspetores, porteiros, auxiliares de serviços gerais etc., que permitirá o fim da terceirização. Além disso, desde o início do Governo Riverton Mussi/PMDB, os servidores não possuem um aumento real dos seus salários! Política em acordo com a orientação de arrocho salarial, precarização, privatização e meritocracia vindas do Governador Sérgio Cabral/PMDB e da Presidenta Dilma Rousseff/PT, que cortou R$3 bi da Educação neste ano. Arrocho e precarização de um lado e recursos públicos para as obras milionárias da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Mais lucros para banqueiros e empresários, menos verba para as políticas públicas! A mobilização iniciada em fevereiro de 2011 aqui em Macaé permitiu um salto de qualidade. Garantimos o recuo da SEMED e a retirada da obrigatoriedade dos 3 dias para professores C.

A continuidade da nossa organização e luta influenciou a incorporação da regência para aposentadoria e a equiparação salarial, deliberadas na Câmara Municipal! São avanços! Mas nós queremos mais e podemos mais! E é preciso LUTAR para conquistar novas vitórias! Manifestações de rua, paralisações e greve são nossas armas para defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade e para garantia de melhores salários! O marketing da Prefeitura diz que a Educação é a maior riqueza de Macaé. Este slogan não corresponde à prática da SEMED e às prioridades de Riverton!

O SINDICALISMO MILITANTE entende que apenas nossa LUTA pode transformar essa máxima em realidade, com salários dignos, plano de carreira que nos valorize efetivamente, escolas com materiais e infra-estrutura, sem superlotação, sem terceirizações ou privatizações, bases para uma proposta crítica e emancipatória!

A Greve continua! Cabral, a culpa é tua!




Mais de 2.000 profissionais da Educação estiveram presentes no Club Municipal, na tarde de terça-feira, 14 de junho de 2011. Com muito entusiasmo e esperança de dias melhores para a Educação Pública no Rio de Janeiro, os profissionais da Educação deliberaram pela continuidade da greve, entoando euforicamente palavras de ordem (veja no vídeo abaixo). A próxima Assembleia será realizada no dia 20 de junho, segunda-feira, a partir das 14h. Diante da crescente adesão à greve, haverá a tentativa de realizar o próximo encontro no Ginásio do Club Municipal, pois o auditório não está comportando.


Enquanto a Secretaria de Educação propaga para a mídia que apenas 2% dos trabalhadores aderiram à greve, dados do movimento grevista apontam mais de 70% de adesão, com alguns locais alcançando os 90%, como em algumas cidades da Baixada Fluminense. Na audiência de quinta-feira passada com o SEPE, o Secretário de Educação Wilson Risolia pediu um "voto de confiança", para que esperemos a arrecadação estadual no primeiro semestre! Se não gastasse com aluguéis de computadores e aparelhos de ar condicionado e se não desviasse verbas para a reforma já bilionária do Maracanã, o Governo poderia atender às reivindicações! Ou seja, é o Governo o verdadeiro responsável pela continuidade da greve.


Diversos estudantes participaram da Assembleia, dando seu apoio ao movimento e à luta! Precisamos realizar uma luta unificada, ampliando o apoio da sociedade para darmos um basta na meritocracia, na precarização, na privatização, no produtivismo e na falta de investimentos na Educação Pública.


Na próxima sexta-feira, a partir das 10h, haverá uma passeata que percorrerá da Candelária até a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. O SINDICALISMO MILITANTE convoca todos os profissionais da Educação para a manifestação! Só a nossa Luta poderá garantir as conquistas!